Igor Tavares Amazing Spider-Man #9 dá o pontapé inicial para o evento aracnídeo chamado Spiderverse. A premissa da saga fica totalmente clara nesta edição: Na Terra-001 da Marvel uma família de “vampiros” multiversais chamados “Os Herdeiros” vivem transitando pelas inúmeras Terras do universo Marvel e caçando Homens-Aranha para se alimentar de sua força vital. O Multiverso Marvel é representado por uma teia com infinitos portais administrada por um escravo aranha chamado Weaver. Enquanto isso na Terra 616 (a Terra “oficial” da Marvel) Peter Parker e Silk (sua nova amante / sidekick / mina-aranha) é abordado por uma porrada de Homens-Aranha, tanto do 616 quanto de outras realidades e é inteirado
sobre o todo esse problema com os Aranhas do Multiverso. Ainda nesta edição temos uma curta aparição da Terra 610 (Ultiverso) e de Miles Morales, além de um epílogo explicando um pouco sobre os tais Herdeiros e a Terra 001.
Dan Slott mergulha de cabeça no Multiverso Marvel. Então se você curte versões alternativas do Cabeça-de-Teia (e as inevitáveis piadinhas infames de Peter Parker sobre estas versões) este é um prato lotado pra devorar. Muitas daquelas versões bacanas do Aranha que já apareceram em algum momento na história do personagem dão as caras aqui e os fãs vão delirar com algumas aparições. Algumas versões mais recentes como Gwen Stacy também aparecem e são muito bem vindas. Não vale a pena ficar citando aqui todos os tipos de Homem-Aranha que estrelam esta edição. Além de ser um spoiler injusto, a surpresa de algumas dessas aparições são quase que 80% da graça do roteiro de Slott na revista. Os diálogos e caixas de texto são muito bem humorados, o que já é uma característica dessa nova fase do Homem-Aranha desde o retorno de Parker e não temos muitas cenas de ação, mas muito mais a introdução ao conceito dos vários Aranhas pelo Multiverso.
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A arte em Amazing Spider-Man #9 é de Olivier Coipel com um pequeno epílogo desenhado por Giuseppe Camuncoli e temos um trabalho muito bom dos dois artistas. Coipel teve um puta trabalho aqui, mas seu traço continua com a mesma pegada vibrante, detalhada e singular que o consagrou nos X-Men e em Thor. O artista domina o universo do Aranha e nos presenteia com painéis lotados de Teiosos das mais diferentes realidades e faz isso com extrema facilidade. Eu disse muito boa? Não. A arte de Coipel aqui é espectacular. Camuncoli por sua vez faz seu feijão com arroz e apresenta bem o elenco de vilões no epílogo da HQ. Temos cenários bem feitos e uma caracterização meio genérica, mas que não compromete o fluxo narrativo de forma alguma.
Amazing Spider-Man #9 inicia Spiderverse de uma maneira muito menos confusa do que se imaginava inicialmente. A premissa é extremamente simples e a reunião inicial de Homens (e mulheres) Aranha é muito divertida. Não dá para prever se somente a enorme quantidade de Aranhas será suficiente para sustentar a leitura do evento como um todo. No entanto, a primeira edição foi uma leitura bem agradável com uma arte impecável e alguns mistérios sobre o Multiverso Marvel começam a ser mostrados aos poucos.
