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GUERRA CIVIL | O livro que conta os segredos de uma das melhores sagas da Marvel

Quando anunciamos por aqui que a Marvel lançaria um livro sobre a Guerra Civil muitos de nossos leitores nos questionaram sobre como isso seria possível ou ficaram com receio sobre o conteúdo do livro. A curiosidade aumentou quando em nossas redes sociais publicamos que estávamos com um dos exemplares de Guerra Civil fornecidos pela editora Novo Século, afim de avaliar o conteúdo e a história que Stuart Moore, o autor do livro, se propunha a nos apresentar.

A pergunta que nos faziam eram sempre as mesmas: “O livro é bom?“, “Vale a pena?”… enfim, você que estava curioso vai saber disso agora!

Primeiramente é importante salientar que se trata de literatura e não de uma história em quadrinhos. Por mais que a essência dos quadrinhos, principalmente dos diálogos estejam impregnadas no livro, ainda assim se trata de literatura e ainda por cima adaptada. Então, é importante receber o livro com a mente aberta para aproveitar o show e não ficar a todo momento comparando o livro com a HQ ou o que é diferente ou não.

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Não se trata apenas de uma adaptação, mas sim de uma homenagem a obra-prima feita por Millar e McNiven

Speedball e sua equipe necessitada de atenção fizeram aquele grande estrago em Stamford, mataram quase mil civis e tudo isso desencadeou a Lei de Registo de Super-Humanos, a LRS. Quem leu a HQ sabe disso e no livro não é diferente! Aliás, até a metade dele, lá pelo 15º capítulo não existe nada de diferente, todos os fatos são descritos igualmente como na HQ. Mas desta parte em diante, Stuart Moore começa a mostrar para você como a LRS tem afetado alguns meta-humanos, principalmente aqueles que mostraram a cara  para o mundo inteiro. Tudo bem que, para o Tony Stark isso não fez muita diferença, mas a vida de Peter Parker, por exemplo, sofreu consequências graves.

Quando você se propõe a ler um livro que teoricamente você acredita que seja uma extensão da história, é justamente isso que você espera dele. E se você esperou, pode ficar tranquilo que suas expectativas serão atendidas. Você vai entender perfeitamente as intenções de Tony Stark, você não vai achar que ele seja o cara ruim da história ou que ele seja de todo mal neste momento. Você passará a entender melhor as atitudes da Sue Storm ou Richards, como você preferir, quando ela deixou o Reed Richards e foi para a resistência. Aqui, eles dão profundidade em cada um dos personagens, você passa a entender melhor  como cada um foi afetado e as atitudes que tomaram diante do ambiente que encontraram após a implementação da LRS.

Em dado momento você acaba até esquecendo da HQ. Por mais que eu tenha dito lá no início que é importante que você comece a ler de mente aberta e evite fazer comparações, isso será quase impossível, pois sua mente ficará a cada cena dizendo: “Isso bateu”, “isso não bateu”, “na HQ foi assim”, “aqui está assado” e por ai vai. Mas o importante é que as amarras entre uma mídia e outra são desfeitas ao longo que você mergulha na história e quando ela for desfeita totalmente você vai passar a apreciar melhor o livro. Assim como aconteceu comigo.

Contudo,  você poderá encontrar alguns problemas, caso não desligue essa opção automática de comparação ou sentir a falta dos quadrinhos em si, ou de ver certas cenas como num story board. Até a metade do livro você vai achar que é uma repetição da HQ. Mas garanto que depois é só alegria. Principalmente se você não acompanhou o que aconteceu nas revistas em quadrinhos exclusivas de cada super-herói afetado pela LRS, o livro preenche muito bem essa lacuna.

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Nessa história toda ele foi um dos heróis mais prejudicados como um todo!

Guerra Civil é um livro político e ideológico. Você permanece enquanto lê, tentando entender os dois lados e saber de qual deles você faria parte se fosse um super-herói. É necessário toda a repressão para que se aceite a imposição que determinada lei faz? Protestar, contestar ou batalhar por algo às cegas mesmo que, quem esteja do outro lado foi um grande amigo é válido? Até onde você iria para garantir a integridade física de civis que não tem nada a ver com a sua vida de super-heroi? O livro levanta algumas dessas questões.

Vale a pena ler este livro? A resposta é: SIM!

Se você é do tipo que gosta de ir mais além do que a HQ te propõe vá em frente, mas se a história de Mark Millar e Steve McNiven te satisfez não leia o livro, pois você achara que se trata apenas de uma repetição em prosa. E se você não leu a HQ não tem tanto problema, o livro é completo e com certeza você vai ler a HQ depois de forma mais lucida e prestando mais atenção em cada página nos fatos que compõe o arco.

O livro é feito para aqueles que querem entender mais profundamente todas as consequências e mudanças que a Guerra Civil trouxe na vida dos Super-Humanos. Além de em alguns casos como no meu, poder ampliar os conhecimentos que se tem sobre o universo Marvel. Por exemplo eu fiquei muito curioso em saber mais sobre as histórias dos “Jovens Vingadores” e se não fosse o livro jamais despertaria tal curiosidade.

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Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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