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HQ do Dia | Vilania Eterna 1 a 7

“Vilania Eterna” (eu odeio esta tradução) foi o evento que dominou a DC Comics desde o final do verão de 2013 até o início de 2014 e agora está bombando nas bancas e comics shops Brasileiras.

Muita gente vem perguntar a minha opinião sobre a saga pois fica receoso de mergulhar de cabeça em uma HQ em sete partes sobre um bando de vilões como protagonistas.

Felizmente eu já tinha lido e resenhado as 7 edições de Forever Evil durante seu lançamento lá fora.

Este é um pequeno resumo sobre cada uma das edições da Saga pra ajudar você a se decidir se compra ou não. Divirta-se.

Vilania Eterna 1Vilania Eterna

Geoff Johns começa bem devagar com a história. Muitas cenas de gente escapando da prisão zzzzzzzzzz.. Muito grande e bem chatinha essa primeira edição com muitas cenas que são desnecessárias e o que realmente acontece na HQ se resume a umas 7 páginas. O resto é uma grande enrolação. Nada foi explicado desde o final “cliffhanger” de Trinity War (“A Guerra da Trindade”, evento que precedeu “Vilania Eterna”) e você leitor vai ficar como eu fiquei: com cara de babaca. Nem a arte é lá essas coisas. Pra não dizer que tudo foi ruim: A capa é maneira.

Vilania Eterna 2

A HQ deu um grande salto de qualidade em relação a sonolenta edição 1. Bastante ação e a trama começa a caminhar nessa edição. O Sindicato do Crime é retratado como uma equipe extremamente poderosa e, ao mesmo tempo, totalmente disfuncional. Muito legal isso. Muitas intrigas e traições ainda vão rolar. O tom da HQ é bem malvado pra uma série de super-herói, mas sem vulgarizar. Nessa edição Luthor é o destaque. Fiquei torcendo pelo careca o tempo todo. Algumas coisas são reveladas (FINALMENTE) sobre o que aconteceu com a Liga da Justiça ao final de Trinity War e isso me deixou contente. A arte do David Finch é impecável. Com quadros organizados e “full-pages” na medida certa. Me animei com “Forevis” (eu tinha que mandar essa piada, questão de honra) Evil a partir deste ponto.

Vilania Eterna 3

Vilania EternaA primeira edição realmente empolgante. Primeiro porque explicou o que aconteceu com a Liga no final de Trinity War, segundo porque o Luthor está muito bem escrito e tem um papel crucial na Saga, terceiro porque os heróis da Terra ficam em uma posição extremamente desfavorável e quarto porque os diálogos e intrigas entre o Sindicato do Crime são muito legais de acompanhar.

Essa saga começou devagar (a primeira edição me colocou pra dormir quando li), mas foi me conquistando e a partir deste ponto ficou muito boa de acompanhar.

A arte do David Finch não é nada sensacional aqui, mas não compromete e o Geoff Johns vai mostrando que ainda tem alguma lenha pra queimar na DC.

Vilania Eterna 4

Mais uma ótima edição. O ritmo como as coisas estão sendo conduzidas entre Justice League e esta HQ cria expectativa, mas ao mesmo tempo não deixa o leitor com aquela sensação de estar sendo enrolado. Novamente Luthor é a estrela dessa edição. A interação dele com o clone do Super cria um dos momentos mais legais de toda a saga. Johns acerta em cheio em alternar entre as narrativas nessa edição e a arte do David Finch evoluiu muito desde o primeiro número.

Vilania Eterna 5

Esta edição já é um clássico dos Novos 52 pra mim. 90% da HQ é ação pura. E não estou falando de açãoVilania Eterna gratuita. É ação muito bem escrita e desenhada. Luthor, Adão Negro, Capitão Frio, Black Manta e Sinestro enfiando a porrada. E os caras são violentos pra caralho. Batman no meio da confusão querendo entender a situação e achando que tem alguma voz ativa nessa nova “Liga” é um conceito original e hilário. Essa nova dinâmica Luthor x Batman vai render muita coisa boa ainda. Um novo mistério sobre o que diabos aconteceu com o mundo do Sindicato do crime começa a ser revelado. Ótima edição. Tão boa que achei que era até mais curta que as outras e fui conferir o número de páginas.

Vilania Eterna 6

Puta edição!
A força de resistência composta por Batman, Mulher-Gato, Luthor, Sinestro, Capitão Frio, Manta, Adão Negro e Bizarro invade a base do Sindicato do Crime. Porradaria entre Adão e Ultraman, Capitão Frio e Manta mostram o que realmente é ser malvado (a cena do Frio com Johnny Quick é histórica.Mesmo podendo fazer spoiler não quero estragar o momento pra voces). Enquanto isso Batman e Luthor encontram finalmente Dick Grayson preso a uma bomba que só pode ser desativada matando o Asa Noturna. Luthor entra em conflito direto com Batman. O que voces querem MAIS?
Ah, tem mais. Capitão Frio e Manta libertam o prisioneiro secreto do Sindicato do Crime. Nada mais nada menos do que um tal de Alexander Luthor com o poder de MAZAHS!
FO
DELL!
A arte do David Finch é de alto nível e mantém o foco na ação. Quadros médios e cenas de luta muito bem desenhadas.
Chegando a esta penúltima edição eu consigo visualizar exatamente o que o Johns pensou: Ele escreveu um Sindicato do Crime tão puramente malvado e diabólico que isso força o leitor a torcer e vibrar quando os vilões do UDC partem pra guerra. Nunca me importei com o Capitão Frio ou com o Manta, mas nesta edição vibrei ao ver os dois retribuindo a maldade do Sindicato em dobro. Próxima edição: Múltiplos climax!

Vilania Eterna 7

Vilania Eterna chega a seu final com uma porrada de assuntos pendentes pra resolver:

Vilania EternaAsa Noturna quase morto, a Liga da Justiça presa dentro de Nuclear (que está prestes a explodir e destruir metade dos EUA) e o principal: Quem diabos vai conseguir deter Ultraman, Deathstorm, Superwoman e MAZAHS?
A quantidade de coisas pra resolver em 42 páginas acaba deixando a HQ toda no limite da velocidade narrativa e algumas coisas são um pouco atropeladas, principalmente em relação a Owlman e o Asa Noturna. No geral, o ritmo acelerado é benéfico para o clímax e o excesso de subtramas é razoavelmente administrado por Geoff Johns não confundindo muito o leitor e deixando poucas coisas mal resolvidas.
O artifício usado pelo escritor pra resolver a trama já era previsível: O Sindicato do Crime é uma equipe formada integralmente por filhos da puta e, em sua “filhadaputagem” acabam se auto-sabotando. A Liga retorna do exílio deixando uma grande dúvida no ar a respeito de Batman e Diana e isso é bem interessante.
O principal ponto positivo da edição final de Forever Evil é a atuação de Lex Luthor durante toda a HQ. O personagem que já vinha tendo destaque nas outras edições ganha em personalidade, tridimensionalidade e carisma neste final. É muito bom mesmo ver alguém diferente do Batman resolvendo os pepinos na DC. E Lex Luthor é cara certo pra isso. Apesar da luta entre Lex e Alexander Luthor ser bem desigual e até um pouco difícil de engolir (Luthor é um ser humano normal com uma armadura e MAZAHS é quase um deus) ela é empolgante e muito bem feita.
David Finch faz aqui seu melhor trabalho nas sete edições do evento. Apesar da história ser bem corrida a arte é caprichada demais, os quadros são grandiosos do jeito que tem que ser e as lutas são um espetáculo visual. Destaque principalmente nas cenas com Bizarro (que virou meu personagem favorito da saga).
Vilania 7 é um clímax bem corrido e cheio de batatas quentes voando pra todo o lado. Geoff Johns consegue em 42 páginas dar resoluções e fechar 90% dos subplots propostos. No geral, o prometido desde o início dessa saga era que os vilões dominariam o Universo DC e foi realmente isso que ocorreu aqui. No final das contas foi um elenco composto por 80% de gente ruim que salvou a Terra do Sindicato do Crime.
Ah, eu não sei como será a reação de vocês, mas quando foi revelada a ameaça que destruiu o Universo do Sindicato do crime no final desta HQ vibrei com o que vem por aí. Leiam e me digam o que acham.

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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