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HQ do dia | Superman #32

Confesso que não estava assim tão entusiasmado com a estréia de Geoff Johns em Superman. Após o final de seu run já meio desgastado em Green Lantern e um final ainda mais fraco em Aquaman eu havia meio que perdido a confiança no roteirista em HQs de personagens solo. Não me levem a mal, gosto muito do trabalho do Johns em geral, principalmente tudo que o autor construiu nesses anos todos no universo dos Lanternas, no entanto achei que com o advento de suas novas funções como editor chefe da DC Comics o cara perdeu um pouco seu toque de originalidade característico e começou meio que se repetir. Por isso peguei esta cópia de Superman 32 mais por ser fã da equipe de arte formada John Romita Jr, Klaus Janson e a colorista Laura Martin. Pra a minha surpresa me deparei com uma história empolgante como não lia há bastante tempo em um título do Super. Eu poderia descrever a trama toda neste parágrafo em linhas que deixariam você babando e louco pra colocar as mãos em uma cópia disso aqui AGORA, mas prefiro não estragar a surpresa e aquela sensação gostosa de estar lendo aquilo que você sempre quis ler desde o reboot da DC. O roteiro é muito simples e familiar e mesmo que você seja um novo ou antigo leitor vai devorar essas páginas e chegar ao final querendo mais 3 edições pra ler. Geoff Johns entende perfeitamente a essência do personagem e atinge o balanço perfeito entre ação, sensibilidade, ficção e de quebra já introduz um novo personagem com um conceito muito interessante que reflete um pouco a origem do protagonista.. A abordagem clássica do Homem-de-aço, o cuidado com o elenco de apoio e a preocupação com os últimos acontecimentos no Universo DC enriquecem ainda mais esta leitura. O Superman está totalmente inserido no coração do Universo DC novamente. Eu sei que algumas pessoas não são muito fãs da arte de John Romita Jr. Só posso falar por mim mesmo então, dentro de seu estilo (do qual já me declarei fã) o sujeito dá um show de imagens impactantes nesta primeira edição. A primeira aparição do Superman desenhado por Romitinha em uma splash page magnífica ficou impressa na minha memória pra sempre. O artista praticamente joga na tua cara um manifesto artístico de como se desenha uma p@$£% de um Superman f% $@#. Todo o elenco aqui é muito bem caracterizado. Desde personagens clássicos como Jimmy Olsen e Perry White passando pelas novas caras (que eu não vou revelar quem são) tudo aqui transpira HQ clássica. Estranhamente o destaque desta edição pra mim foram as cenas do cotidiano de Clark em seu apartamente. A sensibilidade da equipe de arte com o alter-ego do herói cria uma das sequências mais bonitas deste número, na qual Clark faz um jantar solitário e folheia um álbum de fotos antigo.

SupermanOlha minha opinião sincera é a seguinte: Não sou e nunca fui fã do Superman. Ele não é nem de longe um dos meus personagens favoritos. No entanto por recomendação de colegas nos últimos anos venho lendo bastante material clássico do personagem como parte da minha re-edução no Universo DC. Então o que posso dizer sobre Superman 32 é que fã ou não vale a pena você experimentar esta edição. Há alguns anos eu não lia nada do Superman que me empolgasse de verdade (a última coisa foi All-Star do Morrison) e posso dizer que essa primeira edição me deixou com um enorme sorriso no rosto e uma expectativa muito grande em relação ao futuro do personagem. Para os novos leitores este é um ótimo ponto de partida e uma oportundade de descobrir o que faz deste personagem um dos mais adorados e icônicos da nossa mídia. Para os fãs do Homem-de-Aço esse era o Superman que todos vocês estavam esperando desdo o início dos Novos 52. Não perca tempo e compre.

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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