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HQ do dia | Fantastic Four #5

Aqui de fato começa a anunciada queda do Quarteto Fantástico. O Edifício Baxter foi interditado pela justiça, as crianças da Fundação Futuro são propriedade do Estado e o Quarteto vai ter que responder pela destruição de Manhattan. Neste número James Robinson dá um duro golpe na primeira família da Marvel ao mesmo tempo que coloca este elenco em um de seus momentos mais negros celebra toda a sua rica história.

Fantastic FourO roteiro deste número 5 é focado na parte do julgamento do Quarteto. Enquanto o grupo de heróis é castigado impiedosamente pelo implacável promotor público Aiden Toliver, nós leitores somos presenteados com um festival de flashbacks da carreira da equipe desenhados por um time de ilustradores de peso que inclui Mike Allred, Chris Samnee, Jim Starlin, Jerry Ordway, Phil Jimenez entre outros. O resultado é uma edição trágica pela situação dos protagonistas, mas extremamente gostosa de ler por conta dessas passagens. Robinson conduz brilhantemente as cenas na corte, não deixando a vida de Jen Walters (É lógico que seria ela a defender o Quarteto, né?) nem um pouco fácil. Sem muito jargão legal o roteirista convence os leitores de que o time tem que ser responsabilizado por alguma coisa mesmo e que a situação ali é plausível, ao menos para uma HQ.

A arte principal do título fica a cargo de Leonard Kirk, que se beneficiou muito com as passagens em flashbacks e pôde focar sua energia criativa nas ótimas cenas na corte. Apesar do elenco estelar de desenhistas em Fantastic Four 5, Kirk que é comparativamente um novato consegue se destacar com boas atuações de Jen Walters no tribunal e ótimas expressões corporais dos membros da equipe durante o julgamento.

Fantastic Four 5 é uma edição triste. É duro ver grandes heróis sendo reduzidos a meros criminosos por conta de sua iniciativa para salvar as pessoas. Apesar dessa ser uma das premissas mais batidas das HQs, a sinceridade e o capricho no roteiro de James Robinson trás esse sentimento de desolação. Ao mesmo tempo o autor nos presenteia com passagens históricas do Quarteto que nos fazem lembrar de dias muito felizes. A parte gráfica deste número é um deleite. Talvez tão boa quanto a sensacional edição de estréia. O caminho para a queda começa aqui. Eu não estava levando muito a sério essa história, mas parece que a coisa piora daqui pra frente para a primeira família da Marvel. Boa leitura.

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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