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Defender o livro é um dever de qualquer cidadão que pensa

O Proibido Ler diz não ao novo imposto e a apoia a campanha contra a taxação de 12% aos livros

Começo dizendo que se não fossem os livros nada disso existiria. NADA! Absolutamente NADA! Se este veículo sobreviveu há mais de uma década, o livro foi seu maior combustível. Se falamos de cinema, de quadrinhos, games e séries, a culpa é do livro.

Minha paixão por ele me trouxe até aqui, minha paixão pela língua portuguesa me trouxe até aqui e corre em minhas veias milhares de palavras de tudo que eu já li até então. O papo que eu quero mandar aqui é mais do que reto, é urgente e necessário.

Ler é um ato humano, social e democrático. Eu acredito que somente através da leitura nós somos capazes de construir um pensamento crítico, sábio e fundamentado. Por meio da leitura é possível criar argumentos, conhecer a História, registrar fatos e grafar sentimentos em poesias e contos em prosa.

Defender o livro é um dever de qualquer cidadão que pensa
Ler abre portas

O nome desse site veio dessa paixão, ler torna as pessoas perigosamente mais humanas e não foi eu quem disse isso, mas sim a escritora, editora, curadora, dramaturga, historiadora e filósofa brasileira, a mineira Guiomar de Grammont.

Pra ela, ler deveria ser proibido (entenda o motivo) e, justamente por causa dela, o Proibido Ler está de pé.

Pois bem, em virtude do projeto de reforma tributária proposto pelo Ministério da Economia, ora em tramitação no Congresso Nacional, o Proibido Ler vem por meio deste apoiar as entidades representativas do livro no Brasil, no Manifesto em Defesa do Livro.

A reforma tributária pretendida pelo governo pode tornar os livros mais caros. A nova Contribuição Social sobre Operações de Bens e Serviços (CBS) vai substituir as contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e para os programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Essa mudança acaba com a isenção e taxa o livro em 12%. Hoje, o mercado de livro é protegido pela Constituição de pagar impostos (art. 150). A lei 10.865, de 2004, também garantiu ao livro a isenção de COFINS e PIS/Pasep. Fonte: Agência Senado

Defender o livro é um dever de qualquer cidadão que pensa
As isenções atuais sobre o livro também contempla livros digitais

O argumento de Paulo Guedes sobre a nova taxa vai no sentido de dizer que os mais ricos se beneficiam da isenção, pois eles poderiam pagar mais impostos. Além disso, frisa que as camadas mais pobres da população têm outras necessidades e que o valor do imposto ajudaria a aumentar o valor do Bolsa Família, por exemplo.

Segundo Guedes, os mais pobres, “num primeiro momento, quando fizeram o auxílio emergencial, estavam mais preocupados em sobreviver do que em frequentar as livrarias que nós frequentamos”.

— Então, uma coisa é você focalizar a ajuda. Outra coisa é você, a título de ajudar os mais pobres, na verdade, isentar gente que pode pagar —– argumentou Guedes, em audiência no Congresso Nacional no dia 05 de agosto de 2020. Fonte: Agência Senado

Existem dezenas de formas de fazer quem pode mais pagar mais, mas nem de longe é esse o objetivo do Ministro da Economia. O atual governo não gosta dos pobres. Basta lembrar que se dependesse de Paulo Guedes e do Presidente Bolsonaro, o valor do auxílio emergencial seria de R$ 200,00. Só uma pitadinha pra você ter noção do tamanho da preocupação do governo com os pobres. A discussão é longa, bem longa!

Você, sim, você mesmo, você que está lendo e que assim como eu e todos do Proibidoler.com defende o livro, assine a petição contra a taxação de 12% ao livros.

Como apoiar a campanha

Assine a petição: bit.ly/defendalivro

Leia na íntegra o Manifesto em Defesa do Livro: http://bit.ly/defesadolivro

Divulgue o manifesto, divulgue este artigo, pois um país que taxa livros impede que o conhecimento circule – e sai no prejuízo.

Deixo aqui também, um vídeo dos amigos da editora Pipoca & Nanquim. Assista dando play no vídeo abaixo.

“Não desista de lutar, nem de ler!” – Kami Garcia.

 

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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