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A história do cara que ganhou dinheiro como gamer nos anos 90

Hoje é moda, ok… não vamos tratar dessa forma. Hoje é tendência alguém se auto denominar “GAMER“, alias tudo no mundo dos games hoje em dia é muito fácil. Zerar um jogo, por exemplo, é a coisa mais fácil do mundo! Um jogo é lançado e em menos de 24 horas alguém já colocou no Youtube um detonado completo. E para bater no peito e dizer que é gamer é mais fácil ainda, basta gravar um gameplay e publicar no mesmo lugar. Mas antigamente não era assim, jogar videogame não era fácil, aliás ter um videogame não era fácil. Você jogava na casa de um primo, de um amigo, de um tio, menos na sua casa, pois ter um videogame naquela época era muito caro. Considerando que ter um videogame nunca foi barato, mas naquela época era mais difícil, hoje você financia qualquer console em até 36X se duvidar .

A história que você vai ver agora é de um cara que ganhou a vida como GAMER nos anos 90, isso mesmo que você leu, ele foi GAMER na era ouro do mundo dos videogames, os anos 90!

Sugerimos que você sente confortavelmente em sua cadeira ou poltrona, bote essa playlist para tocar, pegue a pipoca e vamos fazer uma viagem no tempo com a história do nosso querido Celso Affini do Defenestrando Jogos:

O inicio – A sorte encontrada num jornal de domingo

“Final de 1992, eu tinha apenas 16 anos, meu pai chegou gritando: “Olha o que achei aqui no jornal!”.E no anuncio dizia que precisavam de jovens com minha idade ou mais para jogar videogames, tudo que um adolescente como eu sonhava em fazer. Claro que uma vida em fliperamas, casa dos primos e claro em casa, com meu Master System e Mega Drive, me deixaram empolgados para essa vaga e disse ao meu pai que iria.

Lembro como se fosse hoje, pegando o metrô pela 4º ou 5º vez e indo até a estação Armênia do metrô, chegando lá me dirigi até local, acabei contando a um amigo sobre essa incrível oportunidade e obviamente ele foi junto. E lá estávamos diante de um portãozinho, fomos atendidos por uma senhora que começou questionando onde morávamos e e outras questões típicas de uma entrevista. Individualmente nós fomos chamados e entrevistados, me lembro de algumas perguntas que me deixaram muito feliz.

“Você gosta de videogames?”
”Você conhece quais empresas?”

Street Fighter II  The World Warrior_Sep14 16_35_40

Fui dizendo tudo que conhecia e gostava, claro que para alguém de 16 anos que fazia isso praticamente o dia todo, foi fácil causar uma boa impressão. Terminada a entrevista ficaram de entrar em contato comigo nos próximos dias para convocação da próxima fase. No mesmo dia, antes mesmo de chegar em casa, deixaram um recado com minha avó, retornei a ligação e tudo que eu queria aconteceu! No outro dia era para eu comparecer no mesmo endereço pois havia passado na primeira fase. Porém ao ligar para meu amigo, descubro que ele não teve a mesma sorte.”

O emprego – Mais ou menos dos sonhos

“Fui dormir naquela empolgação, imaginando que se tratava de algo grandioso, visualizei milhares de possibilidades, um trabalho para a TEC- TOY ou numa grande revista de games testando os lançamentos antes de todo mundo. Mas as expectativas quando se tem 16 anos não são atendidas assim tão facilmente. Acordei bem cedo no dia seguinte e fui até local da entrevista, de lá seguimos para a Chácara Santo Antônio. No trajeto da minha casa até meu local de trabalho eu fui imaginando várias coisas, me vi debulhando jogos e ganhando prêmios, fazendo o que muitos queriam, ganhar alguns trocados fazendo o que ama. JOGAR VIDEOGAME!

Descendo no ponto próximo a empresa, noto de longe que se tratava da Gradiente e ai já imaginei muitas coisas, mas nunca o que estaria por vir. Entro no prédio, e lá estou eu todo empolgando seguindo por alguns corredores, quando me deparo com uma imagem gigantesca do personagem que mais odeio no mundo:

Mario_Its_Me_Cream_Shirt_POP

Puta que o pariu, eu estava na porra da NINTENDO! Comecei a ver milhares de cartuchos, cartazes e pôsteres do maldito encanador me encarando com aquele sorriso de merda. Pensei: ”Eu tenho que sair daqui, como fui me meter numa roubada dessas?” Nessa época eu era “SEGUISTA” roxo e odiava tudo referente à Nintendo.”

No ninho das cobras, é melhor aprender a rastejar

“Estar no coração da sua maior rival, a Nintendo, não foi fácil. Toda vez que eu via o encanador sujo, vulgo Mario eu sabia que havia metido os pés pelas mãos, mas já era tarde demais para desistir. Fui ouvir o que o cara do “treinamento” falava, após isso ele pediu para todos se apresentarem e falar sobre experiências e vivências com videogames. Na minha vez eu tive que bancar o esperto e disse que conhecia todos os consoles da Nintendo, mas nada de falar sobre o amor pela rival. Terminando o nariz de cera, fomos levados para uma sala onde passaram um vídeo que mais parecia uma lobotomia para todos vestirem a camisa da Nintendo. Me lembro como se fosse agora, que em uma parte do vídeo eles atacavam o SEGA CD, dizendo que ninguém aguardaria 3 segundos para jogar de uma fase para outra e outras coisas grotescas, querendo comparar um console de 88 com um de 91. Sinceramente, naquele dia fiquei nauseado com tamanha bobagem, mas fiquei firme ouvindo e aceitando tudo, porém só por fora, por dentro eu gritava “SEGA!”

 Super Mario World e o mistério das fases

Mario

“Fomos levados numa determinada sala dentro da Nintendo, onde eles colocaram dezenas de consoles da marca. Tinha NES E SNES por toda parte e diversos jogos das franquias mais conhecidas que figuravam na tela de cada televisor. Marios Broz, Zelda, Pilot Wings e tantos outros que foram lançados com a chegada da Playtronic ao país. Eis quê,  o entrevistador me solta uma pérola daquelas: “SUPER MARIO WOLRD TEM 99 FASES!!!”

Mesmo eu sendo um hater da Nintendo não poderia ficar quieto numa situação como essa, como é que alguém que trabalha na Nintendo não sabe o que um cara que odeia a marca sabe? Fui logo dizendo: “PERAÍ, SUPER MARIO WORLD TEM APENAS 96 FASES!” Eu lia muitas revistas sobre videogames na época, então era óbvio que eu sabia desta informação. Resultado: comprei uma briga! O entrevistador não gostou. Ele veio retrucar comigo e, eu respondia na mesma moeda tudo o que ele falava, além disso confirmei que já tinha visto em vários cartuchos de locadoras com o save do game com as benditas 96 fases e uma estrela indicando que o jogo estava 100% completo! Mesmo assim ele não deu o braço a torcer e foi confirmar a informação com alguém da Nintendo. Alguns minutos depois ele volta a sala dizendo: “REALMENTE, VOCÊ ESTAVA CERTO!”. Esse dia foi massa! 1×0 pra mim!”

Profissão: Demonstrador de jogos

carteira

“Em 10 de Novembro de 1992 eu comecei a ser pago para ficar jogando em lojas com estandes da Playtronic, além disso eu podia abrir os jogos e colocá-los como demonstração para que os clientes pudessem conhecer tudo de perto. De inicio tive um contrato temporário de 90 dias, no total trabalhei por quase dois anos nesse regime. Ás vezes tinha contrato, ás vezes não. Mas trabalhei direto em várias lojas e a que me marcou bastante foi a extinta D.B Brinquedos, o Supermercado da Criança.

camisa

Eu  usava um uniforme com o logo da Playtronic com o Mario estampado na camisa, trabalhava no período da tarde e estudava de manhã. O estande onde ficavam os jogos da Playtronic eram bem próximos do estande da Tec-Toy e nele também tinha uma mocinha que fazia a mesma função que eu só que pela SEGA. Eu passava quase o dia todo na loja, diferente da representante da SEGA. Como a empresa era mais difundida no Brasil eles não necessitavam de alguém o dia todo ali. Então quando ela ia embora eu jogava o console do coração! Demorou mais de 1 mês para a Playtronic mandar a TV e o console para a demonstração dos jogos, portanto enquanto isso não rolava eu ficava jogando Mega Drive. Joguei vários lançamentos antes de todo mundo e naquela época a D.B Brinquedos recebia tudo em primeira mão.”

Vendas nas linhas inimigas

supernintendo

“No Natal de 92, trabalhando nessa loja, chegou um tiozão querendo comprar um SNES para seu filho e como planejado, fiz a propaganda, falei das cores e dos jogos, mostrei o Star Fox e ele ficou de voltar no dia seguinte. Ele voltou decidido a comprar o console e me perguntou: “Rapaz, esse videogame é o melhor mesmo? Qual a sua opinião?” E aí meus amigos, eu falei do Mega Drive e falei do Sonic; Road Rash; falei que pormenos cores que tivesse, ele tinha uma base mais sólida no Brasil (Tec-Toy); que ele ia achar mais jogos; que tinha o SEGA CD e outras coisas. E o tiozão comprou o Mega Drive e levou cinco jogos que recomendei. Sei lá se o filho dele gostou, mas ele não voltou para reclamar ou coisa do tipo. Foi a primeira e única vez que fiz isso na Playtronic: vendi o concorrente!”

Vai e vemcelso-mario

“Eu  trabalhei em outras diversas lojas e nessa passei boa parte da minha história na Playtronic, tanto que essa loja chegou a fechar e foi reaberta no Shopping Plaza Sul, onde também trabalhei e tirei essa foto com meu ídolo da SEGA. Uma outra loja que trabalhei, que continua no mercado até hoje, foi a Ri Happy Brinquedos. A loja em que trabalhei ficava localizada na Rua Domingos de Morais. Foi breve a minha estadia por lá, as vendedoras não estavam nem aí para os consoles. Nunca foi o foco da loja vender consoles e o povo era muito seco, queriam que eu trabalhasse como se fosse um vendedor, mas eu não ganhava comissão,então adivinha? Eu não fazia nada a não o ser meu trabalho: “Jogar videogame”. O pior também aconteceu, nessa loja me acusaram de furtar um cartucho, sendo que eu e o segurança eram os únicos que tinham acesso ao armário com os jogos, por causa disso o pessoal da Playtronic teve que me remanejar e eu voltei para a D.B. Depois disso mudei para as Lojas Nipon, fiquei bastante tempo lá. Depois fui para uma loja na Rua Augusta, onde a Playtronic tinha um estande enorme!”

Um breve grande amor platônico

“Nessa loja da Augusta eu trabalhei como uma demonstradora chamada Valéria e prometi pra mim mesmo que jamais a esqueceria. Acabou rolando um amor platônico por essa garota, onde eu nunca tive chance de dizer a ela o que sentia. Ela era uma pessoa muito bacana, gostava de games e vivia de papo furado comigo. Chegamos a almoçar juntos certa vez e foi um momento inesquecível! Ela ficava me vendo jogar, me dava apoio moral para continuar os jogos e zerar cada um deles. Nós trabalhávamos aos sábados também, e num desses sábados eu resolvi dar uma rosa para ela, ficou aquele climão maneiro de um quieto e o outro calado. Ela ficou toda vermelha e um outro funcionário da loja ficou me zoando fortemente! Eu sempre fui tímido e acabei não conseguindo dizer nada, mas prometi a mim mesmo que na segunda-feira faria uma nova investida com um pouco menos de timidez. E aí, o que aconteceu? Cheguei lá e cadê a Valéria??? Nada dela chegar na hora. Depois de uma hora, chega um cara com a camisa e boné da Playtronic e me diz: “Olá, meu nome é Felipe e tô aqui para substituir a Valéria”. Caraca, meus amigos, foi uma bomba! Apresentei a loja pro cara calmamente, mostrei onde ficavam os jogos e tudo mais, e depois pedi licença e fui ao banheiro chorar um pouco. É… no fundo, bate um coração aqui dentro!”

A ascensão

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“Em meados de 1993 a Playtronic me colocou para trabalhar no Shopping Morumbi, dessa vez foi numa espécie de quiosque dentro do shopping, onde tinham vários consoles com jogos, lançamentos e clássicos. O Morumbi era um dos poucos shoppings da elite de São Paulo e a jogada de marketing da Playtronic para vender mais foi um sucesso! Nesse espaço destinado a Playtronic existia: 10 consoles, todos com TVs de 29 polegadas e uma que era um tipo de telão na época, uma TV de 34 polegadas, onde eu costumava defenestrar o Star Fox. Essa TV ficava do lado de fora da loja, então quando eu jogava eu parava o Shopping, pois fazia 100% em todas as fases, não importava o nível que eu escolhesse.

Nesse lugar começou meu sucesso! Fiz umas mudanças e organizei as vitrines de outras formas, o que chamou a atenção da Playtronic, que me levou a outros cargos lá dentro, como participar da UD(Feira de utilidades domésticas) do ano de 1994 lá no Anhembi, ganhar o poder de ir às lojas, mudar as vitrines e fazer arrumações com os outros demonstradores. Além de dar uma treinada no pessoal mais novo. Eu era um dos poucos demonstradores que era convocado com frequência para  a sede da Playtronic saber dos lançamentos, novidades e etc.”

Segundo Round – FIGHT!

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“Eu fiquei muito conhecido na Playtronic pelo fato de corrigir o cidadão que falou das 99 fases do Super Mario World, depois desse glorioso fato eu vivi um segundo: em 1993 foi anunciado o lançamento de Mortal Kombat e Aladdin para o SNES e bastava ver qualquer revista para ver imagens e notícias sobre ambos os jogos. Em uma das minhas visitas à sede quem eu encontro? Isso mesmo, o cidadão que falou a asneira do Super Mario World. Ele estava passando aos demonstradores novos procedimentos e regras a serem adotadas algo rotineiro e resolvi fazer uma pergunta: “Quando serão lançados os jogos Aladdin e Mortal Kombat?” Mas antes dele responder eu disse que esses jogos já tinham sido lançados no Japão e que já tinha visto cópias piratas em algumas locadoras e que seria muito bom para a Playtronic ter uma previsão de chegada no mercado nacional.

O cara olhou pra mim e deu risada da minha cara, disse que eu estava louco e quê o que eu vi era falso e quê não tinha previsão de lançamento para MK e Alladin e logo disse que  desta vez eu estava forçando a barra. Bem, sem ter muito o que falar deixei quieto e fui trabalhar. Dois meses se passaram, e uma semana antes do dia das crianças o que eu encontro ao chegar na loja? Caixas e mais caixas de Mortal Kombat e Aladdin. Putz, fiquei uma arara e torci para que depois do dia das crianças eles me chamassem para a sede. Nem esperei muito tempo e já me ligaram fazendo a convocação.

Fui babando e já rindo no busão. Chegando lá eu pedi pra chamar o cidadão que dava os treinamentos. Ele me viu e eu fui logo intimando: “Vem cá, cola aqui no estande um minutinho, faz o favor”. E lá veio ele com cara de tacho e perguntei: “Que jogos são esses aqui? Esse dois aqui, ó?”. Ele, com cara de bunda, respondeu: “Aladdin e Mortal Kombat”, e sem me segurar, soltei: “Na próxima vez que eu falar que tem um jogo, você não fala nada! Aposto que nunca comprou uma revista nem jogou um jogo sequer. Se eu trabalhasse aqui, garanto que ia saber mais que vocês e muitos outros!”. Nisso juntou um monte de gente em volta dizendo: “Vai lá, alemão! Ensina esse maluco aí!”, nunca fui bom para confrontar pessoas, mas quando envolve jogos, caralho, eu fico invencível como o Sonic(mesmo estando na Nintendo)!”ÉPIC WIN!”

Nova oportunidade

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“Em 1994 terminou meu contrato como demonstrador e me ligaram no período em que eu estava descansando dizendo que tinham uma entrevista para mim na sede da Playtronic, topei na hora! Não me deram mais detalhes sobre a oportunidade, mas disseram que era uma vaga interna e que ficaria em experiência por 90 dias. Nem quis saber de mais nada e entrei de cabeça nessa nova empreitada. Chegando lá encontrei um dos caras que mais deu risada quando eu confrontei o cidadão dos treinamentos na última vez, ele me disse que tinha me indicado para essa vaga, pois sabia que eu gostava muito de videogame e que eu cheguei a brigar com um funcionário sobre o assunto. Fiquei feliz e ao mesmo tempo envergonhado, sabe? O cara lembrava de mim talvez pelo motivo errado, mas foi do jeito certo que aconteceu.

Uma secretária me guiou até uma sala, onde havia uma entrevistadora ela perguntou se eu gostava de games e perguntou se eu tinha algum. Claro que no caso dos consoles da Nintendo eu tive que mentir de novo, pois ainda não tinha nenhum console da eterna rival. Ela perguntou se eu sabia inglês, eu respondi que sabia o básico e que tinha aprendido com os jogos, como a maioria dos que estão lendo essa matéria! Ela me passou um teste escrito e disse que o trabalho se tratava de atendimento ao cliente e eu logo disse: “PowerLine?” Ela: “Você conhece?”. Poxa, meus amigos! Que sonho trabalhar num lugar abarrotado de jogos e consoles, onde poderia testá-los e desvendar seus segredos! Mas foi um tremendo engano!”

PowerLine – A linha salva vidas

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“Tudo que eu imaginei não aconteceu! Era totalmente diferente, até havia alguns consoles e jogos lá, mas tudo era feito através de um computador. Todas as dicas já estavam prontas da Powerline americana e usaríamos esse computador para procurar e informar os clientes sobre as dicas do jogo em questão. Mas mesmo assim, chegando lá, no primeiro dia foi muito bacana. O pessoal era animado e me deu uma força com os programas, como um mini-treinamento de um dia.

Mas já tinha noção de muita coisa, então não tive muitos problemas em atender clientes cheios de dúvidas e por sorte, ou melhor, azar, peguei um cliente que queria aprender a pegar todos os corações do jogo “Zelda: A Link To The Past” e lógico que não usei o computador: pedi pro cliente ligar no outro dia e levei minha revista com o detonado, pedi para ele me procurar no dia seguinte e solicitar que transferissem para mim e pronto. Ensinei tudo pro cara e o gerente lá pirou, pois todo atendimento tem um TMA (Tempo Médio de Atentimento), e eu já tinha estourado esse tempo, que era de minutos, em horas.

Mas a regra lá era a seguinte: enquanto o cliente tiver dúvidas, você tem que ajudá-lo, então mandei bala. Claro que rolava uma jogatina, eu trampava no horário da tarde, então quando acabava o expediente sentávamos para jogar algum jogo que tivesse por lá. Mas infelizmente eu não fiquei muito tempo, minha mãe estava muito doente e acabou falecendo, o câncer a consumia desde 1989. Um ano antes dela morrer eu acabei abandonando a PowerLine, o emprego dos sonhos, pois estava com a cabeça cheia afinal vivia uma situação delicada.”

O aprendizado

coleção

“Eu vivi algo único e que talvez não se repita com a mesma frequência numa vida, mas os games só me trouxeram coisas boas.Trabalhando na empresa que eu via como rival, aprendi que videogames são muito mais do que uma empresa ou uma marca, o que fazia tudo isso especial era exatamente nós jogadores, com as fichas e diferenças, no final todos ganhavam!

Grandes amizades foram feitas e grandes disputas e brigas também, mas só tenho a agradecer toda essa vivência que tive, querendo ou não agradeço a Playtronic, pois sem ela não teria começado minha coleção(estão todas na imagem acima) e olha que comprei meu SEGA CD, 32X, dezenas de jogos e consegui meu SNES, NES e todos que vieram depois pelo simples fato de ter trabalhado na empresa que um dia odiei com muito fervor.

Ela me fez perceber que não era ela quem eu deveria odiar e sim o que eu tinha que fazer era ampliar meus horizontes. Eu me orgulho mesmo de ter a oportunidade de dividir tudo isso com você, nessa parte final basicamente queria deixar isso claro, e contar os detalhes dessa transformação. Passei de um SEGUISTA para um GAMER que vi a amplitude de estar ciente de mais jogos e também deixar claro o quanto perdi por ter sido tolo, mais quem nunca? Acredito que poucos tiveram a chance de jogar tudo e hoje sou muito mais aberto a novas experiência com games. Fico por aqui!

Obrigado a todos por acompanharem essa minha jornada e espero que em breve vocês voltem para mais nostalgia e experiências que tenho curtido tanto em dividir com você.”

Sensacional essa história não? Se você curtiu conheça o trabalho do Celso no Youtube ele o canal:

Tema

E qualquer dúvida que você tiver sobre essa história descreva nos comentários e o próprio Celso Affini que vai te responder!

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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