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Far Cry: New Dawn | Muita ação e pouco desenvolvimento

Far Cry sempre foi um jogo de muito sucesso e amado por seu público. Em seu quinto game tivemos a chance de conhecer um personagem incrível chamado, Joseph Seed na qual seus pensamentos religiosos e questões do mundo atual – como Guerras, política e as trombetas do juízo final – acabaram fazendo todo o sentido no final da campanha. E agora 17 anos depois – isso dentro do tempo do jogo é claro – podemos ver os acontecimentos, sobreviventes e como tudo ficou após a grande explosão.

Em Far Cry: New Dawn conhecemos as irmãs, Mickey e Lou, ou como são chamadas, “As Gêmeas”. Ambas filhas de um pai bizarro, acabam tomando seu lugar no comando dos Salteadores, um grupo violento e que adora música alta e lutas em ringues, decide ser o mesmo vilão de sempre em Far Cry: tomando todo o ambiente no qual precisamos conquistar para a população local.

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Mesmo que mais do mesmo, ambas trazem algo diferente delas, com seu visual diferente e trilha sonora em seus postos avançados – que precisamos conquistar – sentimos um armamento mais pesado e sempre medo que os reforços sejam chamados pelos mesmos, já imaginando que uma treta enorme será feita no local. Mas em sua continuação vemos coisas de sempre e também mudanças interessantes, principalmente se tratando de personagens e história.

O que vem após a bomba?

Já comentei anteriormente sobre a sinopse de Far Cry: New Dawn e o que esperamos para o game, mas existe ainda muita coisa por trás disso tudo. Após os 17 anos nos transformamos no Capitão/Capitã – que é algo bacana que começou no quinto game é o fato de você conseguir escolher o sexo do seu personagem – que ajuda Thomas Rush, um homem que odeia os Salteadores e está disposto a ajudar todos aqueles que já sofreram de alguma forma nas mãos das gémeas. Logo de início estamos no posto de escolher nossa aparência e como iniciaremos nossa campanha, após isso e em uma LINDA cutscene explicativa de todos os ocorridos por Carmina, acordamos em meio a um acidente de trem, na qual precisamos correr para nos salvar e quem sabe salvar outras pessoas.

Após essa corrida complicada conhecemos as gemas e seu bando magnífico, usando roupas de jogadores de futebol americano e motocicletas como uma armadura de proteção já imaginamos que não será nada fácil acabar com elas e seu dia de reinado. Após ao começo da conversa – que você pode conferir os primeiros 20 minutos do game acima -, encontramos Carmina e partimos rumo a Hopy County, cenário do quinto game e que vem com muitas lembranças de explodir cabeças. Nosso acampamento principal se encontra em Prosperity, a pequena comunidade comandada pela mãe de Carmina, que já havia sofrido MUITO nas mãos de Mickey e Lou.

Precisamos após nos instalarmos em Prosperity se preparar para a grande guerra, na qual necessitamos de suprimentos para aumentar nossas bases e assim deixar todo o ambiente mais forte, na criação de armas, bases de saúde, carros mais desenvolvidos, campos de treinamento e missões aéreas. Podemos encontrar esses materiais em qualquer lugar do mapa, onde nos é sinalizado para facilitar nossas vidas, mas também somos avisados quando estamos próximos de bases com molas, fitas adesivas, engrenagens e caixas de materiais diversos. E fica a dica: explore tudo muito bem para aumentar o mais rápido possível sua base, principalmente do acampamento e mesa de montagem de armas, que vão facilitar o avanço da campanha e também sua finalização.

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Far Cry: New Dawn | Muita ação e pouco desenvolvimento
Captura do game ‘Far Cry: New Dawn’

Após conhecermos nosso acampamento, precisamos encontrar nossos aliados – que serão uma chave importante para o avanço da história e reforço contra as gémeas. Como no jogo  anterior precisamos ajudar aliados em suas bases, liberando o seu braço direito. O primeiro deles liberado automático é Carmina, que tem seu próprio veículo, anda com uma metralhadora simples e pode jogar dinamites nos adversários, explodindo tudo pela frente. Em seguida temos alguns personagens bem conhecidos; o primeiro é Pastor Jerome, que o conhecemos super jovem protegendo sua igreja dos seguidores de Joseph, agora se protege dos Salteadores em cima de sua moto e shotgun, funcionando como um personagem tunk só que atualmente mais grisalho, em que sempre nos lembra sobre o passado e de como as coisas eram antes.

Em seguida temos Grace Armstrong, uma veterana de guerra boa no gatilho e que por mais impressionante que pareça agora está cega, mas é como ela disse “Não atiro como antes, mas precisamos nos levantar todos os dias para sobreviver“; alguém que foi super impressionante mesmo de encontrar é Nick Rye, aquele louco do avião com a mulher grávida quase dando a luz no jogo anterior lembram? Então, parece que seu pequeno bebê se tornou adulta e agora brinca com armas para sobreviver, a jovem Carmina. Ele foi o que mais me deixou feliz, já que era super carismático e ao final de tudo nós fizemos parte do nascimento de sua filha, tem coisa mais íntima que isso?.

E um dos mais importantes para se lembrar e que era o foco anteriormente é Joseph Seed. No primeiro momento não sabemos se o personagem está vivo ou morto, já que encontramos seu filho no Novo Éden comandando seus seguidores e somos levados em uma aventura espiritual, em que necessitamos entender tudo o que aconteceu 17 anos atrás sendo contado pelo próprio de forma assustadora e no tom de morte e devastação. Somos levados a crer em Joseph, já que se formos parar para refletir agora, ele é a pessoa mais certa do game, se apoiando em algo maior que lhe dá forças e sem se meter com ninguém – parece realmente que o jogo virou. Somos levados ao fruto do Novo Éden, que nos dá a força para derrotar nossos medos e animal interior, podendo assim superar qualquer obstáculo sem qualquer problema.

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As mudanças e o mais do mesmo

Mesmo que Far Cry: New Dawn apresenta poucas mudanças em seu cenário, jogabilidade e entre outros, trazendo mais do mesmo de Far Cry, a história é quem acaba sendo um ótimo destaque e merecemos admitir isso, mas ainda sim com falhas. E a primeira é o tempo de campanha: muitos jogadores podem não apreciar campanhas gigantescas, já que muitos jogos são lançados no mesmo período, mas também não precisa fazer algo minúsculo, já que levei apenas dois dias e meio para finalizar a história e avançar muito bem nos levels do acampamento de forma significativa.

Mickey e Lou são personagens incríveis, violentas e divertidas, mas que infelizmente vão cair no esquecimento dos jogadores, já que mesmo sendo importantes na trama acabam aparecendo quase nunca, em que mais escutamos suas vozes do que vemos seus rostos. Duas personagens fortes, mulheres e negras, mereciam um destaque ainda mais especiais – e acredito que não seja por conta disso a falta de destaque – mas faltou um pouco mais de “tato” na hora de administrar como tudo deveria fluir e como elas deveriam aparecer para fazer a campanha fluir de forma mais electrizante e que pudéssemos sentir raiva delas, o que acaba não dando nem tempo direito.

Infelizmente tudo que vemos em Far Cry: New Dawn já presenciamos em outros games da franquia. Os mesmos comandos, modos de batalha, conquista e assim por diante. Acho que uma das grandes qualidades de Far Cry, dando um grande crédito para a Ubisoft não é a história ou grandes personagens, mas sim a preocupação na hora da dublagem. A escolha perfeita de vozes para cada um é sempre impecável, dando destaque para Mabel Cezar dando voz a Mickey, que combinou de forma impecável e sempre queria escutar ela falando mais vezes para me lembrar de Jay em “Eu, A Patroa e As Crianças” e até mesmo de Jessie em ‘Toy Story”. Essa sempre foi uma grande preocupação da desenvolvedora, sendo um grande diferencial entre tantas outras que existem e merece esse reconhecimento e que sirva de exemplo, que o mercado de games e jogadores no Brasil já é enorme e nem todos manjam de inglês – ou as vezes só sentem preguiça mesmo de precisar ler o inglês e a língua nativa deixaria tudo feliz em alguns dias, como é no meu caso hahaha!

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Far Cry: New Dawn | Muita ação e pouco desenvolvimento
Captura do game ‘Far Cry: New Dawn’

Afinal, vale a pena?

Mesmo com defeitos, erros na trama e desenvolvimento de personagens, Far Cry: New Dawn merece a chance de ser apreciado. Podemos já ter visto isso ou aquilo em algum dos anteriores, mas devemos aproveitar tudo que é novo – ou continuação -, como se fosse nossa primeira vez, dando a chance de experimentar e saber se realmente aquilo pode ou não funcionar sem julgamentos precipitados. Então corra atrás do fruto do Novo Éden e dê essa chance, já que mesmo um pouco dolorido o final será bem doce.

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Escrito por Guta Cundari

Do cinema para o jornalismo. Amante de filmes e games, fã filmes de terror trash e joguitos que duram meses. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.

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