Guta Cundari Muitos games estão voltando a ser conhecidos por conta de remasterizações. Crash e Spyro, grandes clássicos de PS1, foram um caso de conhecidos pela velha guarda, mas nebulosos para a nova geração de gamers que ainda não sabiam ao certo do que se tratava.
Ambos com seu formato de plataforma: Crash explorando várias fases diferentes e possibilidades, enquanto Spyro seguia com uma ampla exploração no mapa para encontrar o objetivo. Muitos outros ganharam esse formato de remaster ou remake, mas para isso vale uma lista mais ampla depois.
Agora, em 2020 tivemos a chance de novamente viver na pele de Bob Esponja, Sandy e Patrick com o objetivo de derrotar robôs que estão invadindo a Fenda do Biquíni por conta dos planos de Plankton para conseguir a receita do Hambúrguer de Siri. O game SpongeBob SquarePants: Battle for Bikini Bottom chegou trazendo diversão, nostalgia e infelizmente um certo cansaço.
Sendo bem sincera, já posso começar dizendo que o game é muito divertido, aquele gênero de plataforma que anima seu dia triste ou cansativo depois da correria de um dia pesado de trabalho. Mas mesmo em games de plataforma nem sempre estamos com paciência de fazer a mesma fase várias vezes, tornando a experiência das aventuras com Bob Esponja cansativa. Eu comecei minha jogatina após finalizar “The Last of Us Part 2”, então acabou sendo uma ótima ideia para me tirar do momento em que estava, digamos que bem triste e pensativa.
Toda a história te diverte, trazendo uma trama que lembra 100% o que assistimos nos episódios da animação e com ótimas piadas. Sr. Siri, para os íntimos, dando trabalhos absurdos na intenção de ter seu dinheiro em mãos; Bob Esponja tentando conseguir sua carteira de motorista quando ajuda Sra. Puff; e Plankton aproveitando a inocência de Bob e Patrick para enrolar os dois e tentar completar seus planos malignos. Tudo funciona muito bem, sendo feito para o público infantil e adulto que já conhece bem a esponja amarela.
A mecânica é simples e sem muitos rodeios, já que não precisamos pensar muito como fazer as coisas. Tudo está sempre sendo explicado e lembrado para o jogador, mesmo que antes de começar seja possível escolher a dificuldade que queremos encarar essa aventura. Acabei jogando na mais difícil e não senti nada de muito diferente, apenas na quantidade de inimigos que aparecia com mais frequência, mas nada que fosse absurdo e irritante.
Os únicos problemas do game são: bugs que ocorrem em momentos que pulamos de cueca jump com o Bob Esponja para pegar certos itens – e alguns outros poucos momentos – e a questão de ele ser um jogo que após algumas horas jogando, fica muito cansativo. Uma criança no mundo de Bob Esponja talvez não sinta tanto problema como um adulto sente, então para elas é um prato cheio de diversão. Mas após completar a campanha e pensar que teria que fazer certos pontos extremamente irritantes por ter liberado um poder novo já queria desistir da vida e jogar tudo pro alto.
No final das contas, o remake do game de PS2 valeu a pena ganhar essa repaginada. Sentimos a nostalgia, pelo menos para os adultos e amantes do personagem, e apresentamos um game bem show para a nova geração. Todos deveriam dar uma chance para um game assim, não só por ser Bob Esponja, mas também para relaxar a mente das coisas pesadas que sempre estamos lendo por aí, sendo possível deixar isso de lado por algum tempo e se divertir com as aventuras que a vida marinha pode lhe proporcionar.
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