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Journey | Uma viagem para dentro do ser

Journey é um dos jogos mais simples e maravilhoso que foi criado na última década. Resolvi revisitá-lo sem pressa e com o devido cuidado, sendo que ele foi doado para todos os jogadores de PS4 recentemente. Nesta nova jornada, fui surpreendido por experiência que deixei passar da primeira vez que joguei, como belíssimos cenários em uma narrativa que é pura e com profundidade filosófica.

Criado e desenvolvido pela Thatgamecompany, os mesmos de Flower, Journey é uma pérola contemporânea e um dos exclusivos escondidos na galeria imensa da PSN. A arte filosófica como narrativa definem bem seu propósito. O poder está na jornada, como remete título, a experiência da jogabilidade é fixada pelo controle do  lado emocional enquanto adentramos em maravilhosos, se não, significativos cenários. 

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Journey | Uma viagem para dentro do ser

Em uma premissa simples, você ganha controle de um Ser, que deve viajar por entre diversas e vastas paisagens, como desertos e mares, para enfim encontrar seu destino no alto das montanhas, durante essa jornada você encontrá  algumas ameaças e pequenos puzzles para resolver. 

A jogabilidade se limita apenas a duas ações, pular para alcançar os objetivos e assobiar para se comunicar com outras coisas ou seres. Esses “seres” são  outros jogadores que compartilham a mesma jornada. A filosofia está na maneira que você decide interagir (ou não) com outros ou com as coisas ao seu redor. Somos colocados novamente em um papel primitivo, sem reconhecimento, pois todos são iguais em fisionomias e sem linguagem, nos conectando apenas por emitir apenas sons característicos.

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Journey | Uma viagem para dentro do ser

Engraçado que em seu lançamento ninguém sabia dessas características, várias pessoas relataram que encontram estranhos NPCs, na qual suas ações beiravam situações inesperadas e muitas vezes não entendidas pelos próprios jogadores. A maior surpresa vinha com a conclusão do jogo, quando descobriam que os NPCs eram de fato outros jogadores. Entende como tudo faz sentido, agora? Eram pessoas como eu e você buscando seguir seus caminhos e questionando suas próprias ações.  

Os desenvolvedores pensaram no conceito chamado “Sonder“, um significado profundo de perceber que todos a sua volta, incluindo estranhos, tem uma vida tão complexa quanto a sua, apreciada constantemente apesar da falta de consciência pessoal.  Ou seja, somos protagonistas de nossa histórias e os outros de nosso redor mero coadjuvantes. Entretanto, descobrimos que os outros também enxergam a vida dessa maneira, cada um aprecia e encara a sua vida da maneira que sua a mente o guia.

E dentro de cenários que parecem verdadeiras obras minimalistas, somos embarcados por emoções, na qual passamos a reconhecê-las durante a narrativa em meio a uma trilha sonora que fica presa em nosso ouvidos. Você não sabe se continua adiante ou se encanta com as  belezas que o rodeia. Talvez, para os jogadores frenéticos, a calmaria pode frustrar os inesperados, mas aqui é que vive sua verdadeira beleza, Journey como o próprio nome diz, é uma jornada que abraça o autoconhecimento em descobertas do mundo e dos seres ao seu redor.

O sentimento por dentro de Journey é encontrar uma outra pessoa em sua caminhada, e decidir ajudá-la ou não. Você tem o livre arbítrio de ajudá-la. Solitária ou compartilhada, depende do que você pretende viver. Sem diálogos, com sons característicos em uma ambiente visual fantástico, limitamos a escolha de quem devemos colocar em nossas vidas, para compartilhamos o caminho e talvez, até mesmo nosso próprio fim.

Journey é um jogo único, diferente, maravilhoso e ainda assim, puramente simples. Uma simulação proverbial da própria vida que vivemos e compartilhamos. Sua narrativa e jogabilidade representa meramente a vida, caso não tivéssemos nosso preconceitos físicos e nem morais como limitantes. 

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Escrito por Rafael Tanaka

Publicitário, amante de cinema, quadrinhos, filmes e séries. Sempre existe coisas para se descobrir nesse mundo da cultura pop.

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