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Velozes e Furiosos 8 (2017) | Uma nova franquia de filmes de super-heróis

Nós já sabemos quantos filmes essa franquia tem. Está no título. já sabemos também como tudo começou de um jeito e hoje está totalmente de outro. Qualquer fã da franquia sabe todo o bê-a-bá da “famiglia” que Toretto (Vin Diesel) um dia criou. Sabemos também do quanto Brian O’Conner (Paul Walker) significou para uma das franquias mais rentáveis do cinema. Falei mais sobre isso na resenha de Velozes e Furiosos 7 (2015).

Nós sabemos de coisas demais, né? Mas o que eu quero dizer com isso? Simples, tudo que você já viu antes você vai ver de novo. Ou seja, você já sabe! Mas o que temos de novo no filme de F. Gary Gray? Algo que ainda não tinha ficado muito claro para mim nos anteriores. Eu não vi apenas um filme que ama flertar com o absurdo, vi também um filme que segue um estilo que tem se tornado a cereja do bolo desta década: os filmes com super-heróis ou com grandes equipes de super-heróis.

Em Velozes e Furiosos 8, Dom (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) estão curtindo a lua de mel em Havana, mas a súbita aparição de Cipher (Charlize Theron) atrapalha os planos do casal. Ela logo arma um plano para chantagear Dom, de forma que ele traia seus amigos e passe a ajudá-la a obter ogivas nucleares. Tal situação faz com Letty reúna os velhos amigos, que agora precisam enfrentar Cipher e, consequentemente, Dom. Essa é a premissa do filme, Dom ou Toretto, como você preferir, se torna o vilão, e o Sr. Ninguém (Kurt Russel) que mais parece um Nick Fury, junta sua equipe para combater  – que inclui também um cara que foi do mal no sétimo filme – Deckard Shaw (Jason Statham) -, os ensejos de Cipher. 

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Agora entra a parte que essa questão de seguir um estilo de filme de super-heróis, fica ainda mais clara. Assim como nos outros filmes, nós sabemos que temos os carros e também sabemos dos absurdos que eles protagonizam, mas a divisão de tarefças e a força de superar o absurdo tem um grau elevado na direção de Gary. Tej Parker (Ludacris) e Ramsey (Nathalie Emmanuel), são os hackers do longa, não tem barreira para esses caras, em poucos segundos eles invadem o que bem entender, não existe dificuldade, como num passo de mágica eles estão dentro do sistema mais complexo e seguro do mundo se for necessário. Num longa onde a maior ameaça é o ciberterrorismo, ter dois gênios desse porte na equipe já economiza umas boas porradas. Ainda porém, não é o caso de outro membro da equipe do Sr. Ninguém, um dos caras mais fortes desse filme e aquele que roubou o carisma que um dia pôde ter sido de Vin Diesel. Estou falando de Dwayne “The Rock” Johnson. Hobbs rouba a cena e demonstra um carisma como ninguém. Tudo é resolvido com sua super força, algemas podem ser quebradas facilmente, assentos de concretos servem como alteres, balas de borracha não penetram a sua pele e bombas podem ser desviadas apenas com a mão. Roman Pearce (Tyrese Gibson) continua tentando ter exito em ser o alívio cômico da equipe e Letty “Ortiz” Toretto, continua sendo a moça que está sempre com cara de mal – aquela típica cara que impõe respeito e que curte resolver o que tem pra resolver ~sem risadinha~. Pra ela porrada é porrada e pronto! E por fim, temos o carinha que foi vilão, mas que agora é aquele banca o anti-herói tipo o Ikki de Fênix saca? Que chega por último e acha que vai resolver tudo do jeito dele.

Se você pegar qualquer equipe de super-heróis em filmes, você vai perceber que é o conjunto, que por meio de uma unica força única, conseguem destruir o inimigo e, consequentemente, salvar o mundo. Aqui não é diferente.

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Do outro lado temos Charlize Theron bancando a vilã do longa, uma mulher que fica o tempo todo atrás de monitores dando ordens e apertando botões. Provavelmente um dos trabalhos mais fáceis e divertidos da sua vida. Enquanto Dominic Toretto é mandado e desmandado por ela, sua função nesse filme é totalmente sem sal. Ele mal fala, a maldade e a seriedade que ele tenta entregar soa totalmente artificial, além de ter perdido o brilho de um protagonismo que só crescia mesmo ao lado de Brayn O’Connor. Para você ter uma ideia dessa relação com o estilo de filme que leva o título dessa resenha, em dado momento deste longa, dentro dos seus 136 minutos de projeção, Vin Diesel vai endossar ainda mais o sentimento de que Gary transformou a franquia num longa deste estilo.

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Velozes & Furiosos 8 empolga pelas cenas de ação, traz um primor da comédia de ação com as cenas entre Dwayne Johnson e Jason Statham, e tenta aliviar o espectador (como disse anteriormente) com Roman Pearce. Pense numa coisa absurda e eleve isso a décima potência, é o que a franquia vai tentar fazer ainda mais daqui pra frente. Só que agora ela tem uma equipe de super-heróis com carros, tanques de guerra, submarinos e helicópteros hiper velozes que podem estar em qualquer lugar, inclusive no gelo num piscar de olhos.

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Esqueça o que um dia foi a tal “família” criada por Toretto e se prepare para cada vez mais ver essa trupe motorizada tentando salvar o mundo. 

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Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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