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Mindhunter – 1º Temporada | E preciso ter um certo “estômago” pra assistir a série

A Série Mindhunter estreou dia 13 de outubro na Netflix, estava esperando ansiosa pela sua estréia, pois sou fascinada pelo universo dos seriais killers e toda a psicologia envolvida nele. Mindhunter tem produção do mestre David Fincher (que também fez a direção de alguns episódios) junto com a diva Charlize Theron.

A série é baseada no livro homônimo escrita pelo ex-agente do FBI, John E. Douglas, sobre a sua experiência na criação dos estudos de perfis psicológicos dos assassinos em série. John lidou com os mais infames seriais killers da história dos Estados Unidos , estudando-os e criando a forma de identificar os assassinos e seus perfis. O que causou uma mudança na justiça e na forma de lidar com tais criminosos psicopatas e sociopatas.

Mindhunter nos apresenta ao agente Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallany ) que iniciam juntos a pesquisa sobre como tais assassinos em série pensam e como podem aplicar esse conhecimento na resolução de crimes futuros. Vemos então o começo desta discussão nos EUA, em que o país tentava encontrar uma resposta a onda de crimes hediondos que ocorriam em 1979, que não tinham indicio de nenhum tipo de motivação pessoal.

Ford é um jovem agente especializado em lidar com situações de refém, e após uma falha em um dos seus casos é deixado de “castigo” para dar aula sobre como lidar com estas situações. Porém, Ford entende que há mais do que um passo a passo ligado a isso, e tem real interesse em entender o psicológico dos criminosos. Ele então é designado como assistente de Bill Tench e consegue dar continuidade a seu estudo da psicologia dos criminosos, começando pela entrevista a Ed Kemper (que existiu na vida real). Com esta e as demais entrevistas com variados tipos de seriais killers, ele começa a entender as motivações ocultas deles, e então inicia a formulação da teoria dos seriais killers e a usar estes conhecimentos para ajudar os policiais locais a desvendar crimes que estão ocorrendo no momento.

Nesta primeira temporada, a gente consegue entender de onde veio todo o conhecimento em assassinos em série que sabemos, a luta de Ford e Bill em aguentar o tranco de ver tão cruamente como estes criminosos pensam sem se deixar afetar pela frieza e crueldade deles. Ao mesmo tempo nos deixa ainda mais instigados em saber e entender a mente deles. Além disso, temos as crises pessoais dos personagens, com relacionamento, família, burocracia e mentiras. É uma série que prende a atenção e que facilmente se assiste de uma só vez como eu mesma fiz.

O ator Happy Anderson vive o serial killer Jerome Brudos

Claro que como uma série que lida com criminosos que têm distúrbios psicológicos, sejam eles de nascença ou alavancados por traumas e maus tratos, é preciso ter um certo “estômago” para conseguir assistir a série sem se sentir mal ou até mesmo sufocado, pois não é uma temática leve. Mas a série é bem honesta sobre a vida real dos criminosos, retrata todos os seriais killers exatamente como eles foram na vida real (sim, são todos casos reais). E isso traz uma credibilidade e crueza a mais para a série. Se você curte Discovery ID,  vai reconhecer muitos traços dos assassinos em série que se correlacionam, mostram um padrão realista destas pessoas.

Pra quem se interessa por casos policiais, pela psicologia criminal e por todo esse universo é uma série de tirar o fôlego. E a parte boa é que está confirmada a sua segunda temporada. Afinal ficamos mesmo com a vontade da continuação, até porque nos é introduzido o nascer de um novo serial killer ao longo dos episódios, mas que não se tem uma resolução ainda na primeira temporada.

Escrito por Débora Mello

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