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Liga da Justiça (2017) | O divertido e heroico marco zero de um futuro promissor

Após um longo tempo de espera nesta estrondosa era hollywoodiana de filmes de super-heróis, a Warner Bros., enfim, nos presenteia com um longa-metragem que traz alguns dos maiores heróis do panteão da DC Comics; Liga da Justiça. Não tenho palavras para descrever o hype que Liga da Justiça traz tanto individualmente, quanto no que diz respeito ao Universo Cinematográfico da DC Comics. Digo, é um filme em que temos BATMAN, MULHER MARAVILHA, SUPERMAN, AQUAMAN, FLASH e CYBORG para dar e render! Ou seja, temos muita coisa a considerar.

Em Liga da Justiça o “espiritualmente” restaurado e inspirado Bruce Wayne alia-se a Diana Prince na rápida procura pelos meta-humanos do qual se tem conhecimento – Arthur Curry, Barry Allen e Victor Stone – com objetivo de se oporem a uma iminente ameaça recém-despertada. Mas, apesar da formação desta equipe de heróis sem precedentes acontecer, talvez seja tarde demais para eles salvarem o planeta de um ataque de proporções catastróficas.

Liga da Justiça (2017) | O divertido e heroico marco zero de um futuro promissor

Como uma equipe, Liga da Justiça nos apresenta personagens visivelmente “desajeitados” para trabalhos em grupos. Isto é, a priori, você presencia uma equipe disfuncional e que, até em seus melhores momentos, não se harmonizam como deveriam. Mas fazem o que os heróis têm de fazer, salvar o mundo! E a propósito, isso não é um ponto negativo, como explicarei bem mais a frente. Porém, analisando individualmente, a apresentação de cada um dos membros da Liga da Justiça é bem interessante.

O Batman de Ben Affleck, puta que pariu, sem dúvidas alguma ainda é o melhor Cavaleiro das Trevas dos cinemas. Particularmente, é impossível não sentir uma atmosfera da franquia de jogos Arkham em toda a essência da versão cinematográfica do personagem. Seu conceito visual, seus movimentos, equipamentos e até mesmo a própria conceituação apresentada para Gotham City. Ainda é interessante perceber que a interpretação de Ben Affleck nos traz momentos em que se percebe um Batman lidando com algo maior que ele, e que nesses momentos até ele pode ter dúvida de si mesmo e possivelmente ter uma ânsia de crise de ansiedade/pânico. Quanto a Mulher Maravilha, ela ainda está tão maravilhosa quanto antes. Os seus momentos de guerreira e, também, os interpessoais, belamente interpretados pela a atriz Gal Gadot, demonstram o talento que Gal tem ao interpretar a amazona. Sem muitas considerações sobre o Superman, que emana importância ao mundo mesmo não estando presente.

Agora o Aquaman, sinceramente, que puta personagem da porra! Jason Momoa e seu ar interpretativo de “indomável estrela do rock” é devidamente bem-vindo para a versão cinematográfica do Rei dos Mares, bem como para seu primeiro vislumbre no Universo Cinematográfico da DC Comics. Okay, como fã imprescindível do Flash, eu não poderia estar mais satisfeito com a interpretação apresentada por Ezra Miller. Caracas, Barry Allen é definitivamente estranho, divertido e carismático… além de elétrico e super-rápido. E o Cyborg, Ray Fisher apenas comprova em sua adorável atuação de que mestre jedi das tecnologias como ele não o há!

Liga da Justiça (2017) | O divertido e heroico marco zero de um futuro promissor

O antagonista Lobo da Estepe é, ao meu ver, um elemento de certo contraste. O personagem não é apresentado de forma ruim, apenas de uma maneira não tão impactante quanto outros antagonistas do Universo DC. Sua motivação, a priori, não é totalmente clara e possivelmente traga certa confusão para o espectador. O que penso ser culpa também de um outro detalhe envolvendo o longa que explanarei mais a frente.

Porém, entre o exibicionismo de sua superioridade ante a Liga da Justiça, ele cumpre sua funcionalidade de trazer desafios além dos membros da equipe e impor, igualmente, uma ameaça real ao mundo e aos mesmos. E, por sinal, além de possuir um visual em CGI agradável, o personagem originalmente tem uma voz que combina com o seu espectro.

Liga da Justiça (2017) | O divertido e heroico marco zero de um futuro promissor

Num dos pontos importantes, o roteiro de Liga da Justiça traz uma boa trama simplificada e de fácil imersão para o público, mesmo que possua alguns pontos ligeiramente questionáveis. Porém, de forma sincera, assistir a este filme da Liga da Justiça, para mim, foi como assistir a série animada dos anos 2000. A proposta da trama, o seu desenvolvimento, os diálogos e até mesmo os cortes de cenas, me remeteram constantemente a essência dessa série animada. Eu assisti a um longa em que entre os momentos de ação e “emoção”, foi um filme divertido e diferente de tudo até então apresentado para o Universo Cinematográfico da DC.

Um detalhe curioso digno de nota é que Liga da Justiça traz em sua exibição um “elemento” de Batman vs. Superman – A Origem da Justiça (2016), que é justamente permitir que o espectador tenha certa liberdade de interpretar os fatos apresentados no filme a partir de um perceptível corte de material. Corte este que reflete no antagonista e, ainda, no terceiro ato “acelerado”. Particularmente, notei que muito do material apresentado nos trailers/TV Spots sequer apareceram no filme, o que não comentarei para evitar qualquer oportunidade de spoiler.

É interessante também entender o “marco zero” estabelecido com este filme da Liga da Justiça, como mencionei anteriormente, a formação “desajeitada” da equipe apresentada não é um ponto negativo, mas sim um ponto positivo na medida em que não lhe traz um “processo de formação completo” já neste primeiro filme – o que seria bastante errôneo por sinal. Mas na verdade, ao que somos apresentados aqui, é uma amplitude de ganchos que nos proporciona possibilidades diversas, tanto para uma sequência quanto para os próximos filmes individuais dos personagens. Simplesmente não dá para saber ao certo o que veremos a seguir do Universo Cinematográfico da DC Comics, mas certamente o espectador terá a experiência de ir mais afundo no universo de cada personagem como Aquaman, Flash e Cyborg, mesmos que alguns já soem mais familiares que outros.

Liga da Justiça (2017) | O divertido e heroico marco zero de um futuro promissor

No fim das contas, Liga da Justiça é uma obra com trama simplista e funcional, que reúne o melhor dos elementos de combate, do divertido ao épico, num mix harmonioso que, mesmo entre pontos de certo contraste, explana de múltiplas possibilidades dignas da série animada da Liga da Justiça nos anos 2000. O que nos resta, é esperar para ver os resultados de um futuro promissor.

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Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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