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Dupla Explosiva (2017) | Violência, comédia e beleza

Há uma semana, especificamente no dia 31 de agosto, o longa-metragem com Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson numa excêntrica aventura — então nomeado de Dupla Explosiva, chegava às salas de cinema de todo o país. E certamente nós, do Proibido Ler, não poderíamos deixar de falar sobre esse filme de proposta um tanto quanto singular.

Contextualizando, em Dupla Explosiva o principal guarda-costas do mundo possui um novo cliente: o maior assassino profissional global que decidiu sair das sombras e testemunhar contra o seu antigo patrão no Tribunal Internacional de Justiça em Haia. Contudo, este não foi um patrão qualquer, mas sim um corrupto e mortífero ex-presidente, que tem ao seu dispor um enorme exército de mercenários capazes de tudo para impedir que a testemunha apareça no julgamento. Por anos Michael Bryce (o guarda-costas) e Darius Kincaid (o assassino profissional), estavam em lados opostos de um tiro, mas agora eles estão presos juntos e precisam deixar as diferenças de lado para chegarem ao julgamento a tempo.

 

Dupla Explosiva realmente tem, entre seus protagonistas, dois atores “explosivos”. Ryan Reynolds (Michael Bryce) e Samuel L. Jackson (Darius Kincaid) apresentam-se formidavelmente sobre as peles de seus personagens — quer seja em suas personalidades, quer seja em suas circunstâncias externas. Inevitavelmente, percebe-se uma fantástica e captativa química entre ambos os atores, essencialmente tendo perceptível liberdade em cena e sem a presença de qualquer tipo de pressão vinda por parte da audiência e/ou fãs de seus outros trabalhos.

Particularmente neste filme, não vejo muito contraste entre os perfis de personagens normalmente interpretados por Reynolds, o que não é necessariamente algo ruim aqui. Contudo, Samuel L. Jackson é de uma diversificação notória; digo, numa rápida comparação entre os personagens Darius Kincaid e Richmond Valentine (do longa Kingsman: Serviço Secreto), você consegue perceber como o ator incrivelmente expressa-se, numa “mesma temática”, que vai de um extremo ao outro com tamanha maestria.

Dupla Explosiva (2017) | Violência, comédia e beleza

Os demais atores a constituírem o elenco mostram um ponto alto na produção de Dupla Explosiva. Além desta “dupla explosiva”, composta por Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson, o longa conta com a presença de Salma Hayek, Elodie Yung, Gary Oldman e Joaquim Almeida. Em geral, as participações desses foram convincente dentre o proposto pela trama e suas exigências.

Dupla Explosiva (2017) | Violência, comédia e beleza

A trama proposta pelo roteiro de Dupla Explosiva não é essencialmente algo novo, sendo, até mesmo, um tanto quanto genérico. Contudo, é totalmente apresentado de maneira funcional e de objetivos claros. Isto é, muito longe de ser uma obra complexa e que contribua para qualquer tipo de reflexão — ainda que vez ou outra tenha pinceladas do tipo, o roteiro é certeiro em cumprir sua proposta: proporcionar um escapismo enquanto descompromissadamente diverte.

Apresentando-se como uma forma de entretenimento puro, Dupla Explosiva abre os braços para o absurdo e desenvolve sua trama — e sub-tramas — sem rodeios ante os expectáveis momentos de ações violentas com o melhor dos Power Rangers (porradas, explosões e coisas do tipo), perseguições dos mais variados tipos e, sobretudo, com uma vertente cômica esplendorosa.

Dupla Explosiva (2017) | Violência, comédia e beleza

No fim das contas, Dupla Explosiva é um longa-metragem que apresenta-se como uma boa opção de escapismo no cinema, trazendo um trama simplista e funcional que reúne o melhor da violência, comédia e beleza, num mix harmonioso e perfeito cuja satisfação pós-filme faz valer o ingresso.

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Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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