Louise Mesmo que você não seja fã de quadrinhos, você conhece a banda My Chemical Romance, né? Mesmo que não seja fã, é impossível não conhecer a banda, já que bombou em 2003 e em todos os lugares tocava o maior sucesso deles, a música “Helena” (tô escutando aqui enquanto escrevo o post). Eu que era metida a roqueirinha-rebelde já escutei muuuuuuito My Chemical Romance e, inclusive, confesso que era apaixonadinha pelo vocalista, Gerard Way.
Mas não é sobre banda que vamos falar, na verdade, só falei da banda pra você lembrar do vocalista, que já não é mais vocalista já que a banda acabou, e trabalha em outros projetos, sendo um deles uma HQ premiada chamada The Umbrella Academy:
The Umbrella Academy foi lançada em 19 de setembro de 2007, pela Dark Horse. Os quadrinhos são desenhados pelo brasileiro (ÉÉÉ DO BRASILLL) Gabriel Bá – preciso fazer um post pra esse cara, ele é foda -, cores por Dave Stewart, letras por Nate Piekos e arte de capa por James Jean.
A história tem aquelas bases tradicionais que já conhecemos – super-heróis com poderes especiais e a missão de salvar o mundo -, mas consegue sair (e muito) do comum.
Tudo começa quando 43 crianças nascem ao mesmo tempo, de mulheres que não apresentavam sinais de gravidez. Sete dessas crianças são adotadas por Sir Reginald Hargreeves (um alienígena que se passava por um cientista milionário). Essas crianças tem poderes especiais e são criadas sem amor, mas sob treinamento (tipo X-Men, só que mais obscuro), o que os transforma em adultos perturbados e amargurados, que se separam ao longo da vida e só se encontram no funeral de seu “pai”. Esse reencontro acaba terminando de uma forma bem diferente do que eles imaginavam…
Na Umbrella Academy, cada um era tratado como um número, mas por causa de suas particularidades, davam apelidos uns aos outros:
Número 1: o queridinho do papai e líder da equipe, Spaceboy tinha superforça e corpo de macaco, isso porque numa viagem ao espaço, algo deu muito errado e a única forma de salvar sua vida foi colocar sua cabeça em outro corpo (no caso, de macaco).
Número 2: o mal-humorado, rancoroso e briguento Kraken, tem o poder de segurar a respiração por tempo indeterminado, além de ser muito bom com facas.
Número 3: na tradução que eu li, ela se chamava “Fofoca“, mas pesquisando sobre as HQ’s, vi que também chamam ela de “Rumor“. De qualquer forma, é uma garota que tem o poder de materializar tudo o que fala. Se ela começar uma frase com “Ouvi dizer que…“, pode crer que vai acontecer.
Número 4: o meu preferido é chamado de Espírita e possui os poderes de levitar e falar com os mortos. Gostei dele porque tem um humor negro impecável, além de ser um dos mais poderosos dentre os irmãos.
Número 5: um garoto com o poder de fazer viagens no tempo. Numa viagem, ficou preso no futuro e quando consegue voltar, percebe que ficou preso no seu corpo de garoto de 10 anos pra sempre, já que foi com essa idade que se prendeu no tempo.
Número 6: o Horror não tem poderes, mas sim, monstros de diversas dimensões escondidos embaixo da sua pele.
Número 7: Vanya, aparentemente, não tinha poder nenhum exceto ser uma violinista incrível desde criança. Por se achar inútil por causa dos poderes dos irmãos, cresceu deprimida e com complexo de inferioridade. Mas… Ela não era tão inútil assim…
Por mais que eu viva falando sobre o que tá na mídia, eu adoro produções independentes, e essa me chamou bastante a atenção, não só por ter um ex-cantor famoso e um quadrinista brasileiro nos bastidores, mas por ser particularmente interessante. Uma história bem bolada, poderes diferentes dos que a gente vê por aí, heróis problemáticos e um traço que lembra as animações do Tim Burton. Me apaixonei à primeira leitura por The Umbrella Academy.
Eu não tenho a edição física, e quem me conhece sabe que eu nem considero lida uma HQ que não seja física, mas ok, eu li online e me apaixonei. Vou comprar a edição física o mais rápido que puder. Foram lançados dois arcos até agora, o primeiro (o que eu li) se chama The Umbrella Academy: A Comitiva do Apocalipse e o segundo The Umbrella Academy: Dallas. O próximo arco é “Hotel Oblivion” e ainda não tem previsão de lançamento, mas Gerard Way disse, em dezembro de 2013, que ele e Gabriel Bá trabalhariam no projeto em 2014.
Infelizmente não vai dar pra ir nos eventos de lançamento porque foram em 2009. A saga foi considerada pela imprensa americana uma mistura de X-Men com o filme “Ensina-me a viver” e ganhou o Eisner Award 2008 de Melhor série finita/Série Limitada. Agora você lê e me diz o que acha, beleza?
