Isaias Setúbal A eterna Mulher-Gato comemora seu aniversário de número 75, tendo em seu histórico muitas aventuras e problemas no universo da DC Comics. A personagem é uma das mais sensuais e populares das histórias em quadrinhos, sendo considerada uma das personagens mais importantes e valorizadas do universo do homem-morcego. Sua exuberância e charme, em especial o “amor bandido” vivida pela a mesma com Batman, chamaram uma atenção particular para si, adquirindo assim uma imensidão de fãs ao redor do mundo.
Órfã desde menina, Selina Kyle passou um tempo em um orfanato feminino do qual eventualmente fugiu. Sua inspiração em se tornar a Mulher-Gato teria se originado ao observar o próprio Batman. Ainda sim, Selina Kyle teve muitas histórias de origens diferentes ao longo do tempo: em Batman #01 (de 1940), a Mulher Gato era conhecida apenas como “A Gata” e não vestia uniforme algum, já sendo uma ladra de joias que rivalizava com Batman. No mesmo ano, em outra versão de origem, ela teria sofrido um acidente de avião onde acaba por sofrer de amnésia, tendo como única lembrança os gatos da loja de seu pai. Em 1986, uma outra versão para a origem da Mulher-Gato acaba surgindo nas mãos de Frank Miller: nessa versão, Selina Kyle é uma prostituta que no passado foi abusada pelo seu próprio pai e continua gostando de gatos. Ela acaba por se tornar uma ladra uniformizada ao ver o Batman em ação nos subúrbios de Gotham, local onde trabalhava e vivia.
Inicialmente, a personagem foi criada para ser interesse amoroso do Batman. Mas diferente de outras personagens que faziam par romântico com outros super-heróis, os criadores queriam uma personagem ambígua, traiçoeira e que pudesse conquistar leitores de ambos os sexos. Tendo base para ser amante e inimiga de Batman ao mesmo tempo, seus atos criminosos nunca passaram de furtos e invasões, ao qual Batman sempre se mostrou menos rígido com ela visto que após recuperar os pertences roubados pela felina, deixava-a escapar.
Sempre há uma certa “tensão sexual” entre ela e o Batman em suas aparições, por diversas vezes é ressaltada a ideia de que um morcego não passa de um rato voador e que uma gata pode caçar tal animal com facilidade. A personagem não é considerada precisamente como sendo uma personagem maldosa, mas passa longe de ser uma personagem do bem. Em poucas palavras para defini-la, ela é apenas uma mulher aventureira e animada que sente um prazer imenso em não cumprir a lei e infernizar o Batman.
Embora tenha começado sua carreira como uma criminosa, ela se reformulou e começou a proteger Gotham City a sua própria maneira. Isto a levou a ser quase aceita como parte da Bat-família, além de ter sido membra das Aves de Rapina, os Outsiders, os Gotham City Sirens, a Liga da Justiça e da Sociedade Secreta de Super-Vilões. Sua amiga Holly Robinson também já assumiu o manto da felina por um período prolongado enquanto esteve ausente.
Selina Kyle é dotada de talentos e habilidades especiais, como ser uma excepcional artista marcial, exímia lutadora corpo-a-corpo, força, agilidade, resistência e destreza humana, mestre em acrobacias, além de possuir uma empatia com felinos e usufruir de um arsenal de aparelhos (chicote, garras retráteis e óculos de visão noturna).
Com o sucesso de sua personagem nas revistas do Batman, a Mulher-Gato ganhou também uma serie própria e nessa sua nova versão ela era bem mais humorada e aventureira do que as apresentadas no título do homem morcego. No final dos anos 90 o título rendeu seu volume 2, indo até a edição de #82. Atualmente, com a fase dos Novos 52, ela retorna com seu título solo e neste título a trama se embasa no fato de Selina Kyle descobrir que é a herdeira da máfia de Gotham City e decidi assumir sua herança. A trama também aproveita a “pista” de Selina Kyle ser filha bastarda do mafioso Carmine Falcone. Na edição #39 dessa fase dos Novos 52, a roteirista Genevieve Valentine confirmou a bissexualidade da personagem.
