in

HQ do Dia | Mulher Maravilha #35

Acabou-se o que era doce. Se você está lendo Mulher Maravilha e adorando o trabalho de Brian Azzarello e dos desenhistas Cliff Chiang e Goran Sudzuka saiba que  esta semana, na edição 35 todo o mega arco de 3 anos construído pelo autor termina. E temos um puta de um final.

A guerra na Ilha Paraíso contra as forças do Primogênito é feroz e sangrenta, Diana padece em desgraça no meio do Hades, a vida de Zeke e Zola está por um fio, os aliados das Amazonas parecem não dar conta da invasão a Themyscira, enquanto isso Hera e Discórdia estão entediadas.

Azzarello não faz esforço algum para contar um ótimo final de arco. O autor naturalmente passa por todo elenco de Mulher Maravilha e osMulher Maravilha #35 mostra no seu cerne nesta edição. De Orion ao Minotauro. De Poseidon a Athena. Todos mostram sua verdadeira face aqui. Esta edição mistura perfeitamente as partes épicas, divertidas e emotivas que nos encantaram durante todo seu run e a batalha contra o Primogênito apesar de não ser muito extensa (mesmo porque Diana e seu irmãozinho mais velho já caíram na porrada diversas vezes) é definitiva e mostra um lado surpreendente da Amazona (que talvez algumas pessoas não curtam).

Cliff Chiang retornou ao título na edição 34 e nada mais justo de que o cara que redefiniu o visual da Mulher Maravilha para esta geração de leitores finalize este arco. O que eu posso falar sobre esse cara então? Você quer cenas épicas lotadas de ação e batalhas sangrentas? Tem isso aqui. Quer um design de personagens maluco, inteligível e inovador? Também tem aqui. Quer expressões faciais lindas, emocionantes e realistas? Tem aqui também. Quer ver cenários absurdos? Tem também. Quer ver a mulher Maravilha mais digna e cascuda dos últimos anos? Tem isso em todas as páginas. Chiang é um achado na DC Comics e juntamente com artistas como David Aja, Paolo Rivera e o próprio Goran Sudzuka ajudou a redefinir um padrão “retrô-cartunesco” em termos de ilustração que são a nova tendência nos quadrinhos americanos. Hoje se você lê qualquer coisa produzida em 2014 com esse visual meio 1960 é porque Cliff Chiang e artistas semelhantes fizeram excelentes trabalhos e influenciaram um mercado inteiro.

É com extremo pesar, mas muita satisfação que resenho a última edição de Mulher Maravilha escrita por Brian Azzarello e desenhada por Cliff Chiang. Já se vão três anos desde que (no início dos Novos 52) a dupla criativa assumiu de coração o título da Amazona da DC Comics e deu uma identidade fortíssima para a personagem. Tudo bem, o lance mitológico grego e as batalhas épicas na Ilha Paraíso não são nenhuma novidade nas histórias de Diana Prince, mas deve-se levar em conta que a Guerreira da DC já é uma bisavó dos anos 1940 e fica complicado para qualquer roteirista inovar de verdade em um título com esse. Por isso a equipe editorial aqui optou (e acertou) por construir uma base sólida, desenvolver lentamente um arco que foi pertinente para a consolidação da personagem como uma divindade da DC Comics e expandir o universo da Amazona não com um bando de títulos secundários, mas com um elenco forte e marcante. Hoje Azzarello, Chiang e Goran Sudzuka entregam a Mulher Maravilha ao time criativo que os substituirá como um dos títulos mais consistentes no meio da verdadeira zona que são os Novos 52 e esta é uma das poucas revistas da editora que você pode pegar de cabo a rabo e ler as 35 partes sem hesitar. Um belo legado para os fãs da Deusa Guerreira e a consolidação de um ícone da DC Comics.

Leia mais: A lista completa das animações da DC Comics

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

Semana do Halloween – Noite 3 | O melhor do Cinema Trash

Jack Kirby vs Marvel | Finalmente um final feliz