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HQ do dia | Rat Queens #1

Confesso que cheguei meio tarde pra festa que já estava rolando sobre Rat Queens. O título atuamente já está na sua sétima edição e tem uma base de fãs bem sedimentada além de críticas extremamente positivas da mídia especializada na maioria dessas sete edições. Isso tudo já me deixou um pouco com pé atrás em relação a este título. Peguei a edição número 1 gratuitamente via comixology e cai pra dentro do universo de fantasia medieval virada no crack do escritor Kurtis J. Wiebe. Confesso que foi uma experiência muito divertida.
Rat QueensNa primeira edição somos apresentados às protagonistas que formam uma guilda de mercenárias encrenqueiras com o codinome “Rat Queens“. Em poucas páginas você já saca quem é a sacerdotisa, a guerreira, a ladra etc. Com pouco tempo você percebe que o tom e as situações em Rat Queens são bem diferentes de uma história de fantasia comum.
Assim como grande parte dos títulos Image atualmente você não vai ler NADA igual a Rat Queens nem na Marvel nem na DC Comics. Primeiro porque ambas editoras não trabalham com títulos de fantasia medieval baseada em clichês de role-playing-games e jogos de dados. Segundo porque o tom adulto e descaralhado do título só poderia ter espaço em uma editora que dá total liberdade criativa aos seus autores como a Image Comics.
O resultado aqui é um título que mistura ação, comédia e fantasia em um pacote violento, ácido e totalmente descompromissado. Uma leitura divertida com protagonistas que te arrebatam logo de cara pelo estilo “foda-se o mundo” e um mundo recheado de todo o tipo de cenário e criatura que fãs de fantasia medieval (seja literatura, quadrinhos ou games) possa imaginar. Rat Queens é a mistura perfeita de Sex Pistols e Tolkien. Drogas, referências sexuais e violência na medida certa. A HQ não se leva muito a sério e é ideal pra ser lida aos poucos, de preferência na hora do teu almoço depois de uma reunião chata.
A arte de John Roc Upchurch é certeira. Bonita, clara, simples de compreender, impactante e brutal nas cenas de ação. A colorização é de alto nível e o design de todos os personagens é diferenciado. Por muitas vezes neste estilo de HQ sinto que o elenco é todo muito parecido. Em Rat Queens isso não acontece. Cada personagem (até os que morrem violentamente na primeira edição) é cuidadosamente elaborado pra ter uma personalidade e identidade visual distinta.
Rat Queens é apaixonante logo de cara. A história é extremamente simples e sincera. O visual é totalmente impactante e as personagens e o mundo construído por Kurtis Wiebe envolvem e cativam nas primeiras páginas. Pra quem quer ler alguma coisa diferente, divertida e não muito séria é uma ótima pedida.

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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