Igor Tavares Justice League #33 tem bastante coisa pra contar em um espaço curto de páginas. Nesta edição temos o confronto final entre a Liga da Justiça e a Patrulha do 
Destino, a resolução da situação de Jessica Cruz, a nova “Power Ring” e o autor Geoff Johns ainda tem que explicar como os outros membros da Liga vieram a aceitar a permanência de Lex Luthor na equipe.
Tirando o confronto com a Patrulha, o qual achei um pouco curto, o roteirista se sai muito bem nesta edição. A presença de Batman aqui se mostra fundamental e a dinâmica entre o Cavaleiro das Trevas e Lex Luthor continua nos presenteando com as melhores cenas deste título. O resgate de Jessica Cruz é muito bem escrito, os diálogos entre Luthor e Niles Caulder são ótimos e o motivo que determina a presença de Lex na Liga é bem razoável e bom o suficiente para me convencer. A única coisa que careceu de um tratamento mais aprofundado nesta edição foi a própria Patrulha do Destino. Possivelmente teremos algum título solo da equipe no futuro tendo em vista que eles agora pertencem à A.R.G.U.S., no entanto acho que o confronto com a Liga ficou devendo em ação e poderia ter diálogos mais extensos.
A arte de Doug Mahnke é novamente excelente. Trata-se de uma edição muito complicada para o ilustrador pois temos quase 15 personagens diferentes (caindo na porrada) para ser desenhados aqui. Felizmente o artista consegue manter a regularidade que já vem mostrando desde que assumiu a Liga e temos ótimas cenas entre Power Ring e Batman além da presença visual marcante da Patrulha do Destino nas cenas de batalha. Poucos desenhistas atualmente desenham construtos de anéis como Mahnke na DC e o cara se aproveita dessa habilidade criando verdadeiros “pesadelos verdes” com o anel da Sociedade do Crime.
Justice League #33 tem uma surpresinha no meio para os fãs de Crise nas infinitas terras que confirma cada vez mais a proximidade de um eventos nos moldes da primeira Crise nos Novos 52. A edição conclui o arco Injustice League em um ritmo muito bom e mantém o nível de boas histórias que já vem desde o final de Forever Evil. Agora, com Luthor estabelecido como membro oficial da Liga as histórias prometem ficar ainda mais interessantes e a HQ só tem a ganhar. A arte nesta edição é de alto nível, temos uma boa dose de ação e apesar da presença da Patrulha do Destino ser reduzida e meio que decepcionante isso não chega a prejudicar a leitura como um todo.
