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HQ do dia | Elektra #1

Haden Blackman, o cara que junto com J.H. Williams III deu vida a Batwoman nos novos 52, se arrisca no novo título solo da assassina mais famosa da Marvel.HQ do dia | Elektra #1

Elektra é uma personagem que julgo complicada para uma série solo porque devido a sua natureza extremamente séria, sombria e monossilábica pode cair facilmente no marasmo das tramas do tipo “alvo + contrato + armadilha + tentáculo = risco de morte + lutas” e repetir essa fórmula indefinidamente.

Nesta primeira edição vemos Elektra abraçando sua natureza assassina e aceitando quem realmente é. Temos aqueles belos quadros do balé de sangue floreados com voice boxes filosóficos e caras de menina má. Algumas pessoas podem se empolgar com todo o clima de Graphic Novel do material. Eu não sou uma dessas pessoas.

Pra mim Blackman acrescenta muito pouco a personagem nesse “retorno” as origens. Não tenho culpa se alguém resolveu que era uma boa colocar a Elektra nos Thunderbolts e proibir ela de matar gente. Não é porque a personagem voltou a ser o que ela foi criada pra ser que isso seja motivo pra ovacionar o autor. A história é legalzinha e talvez até melhore com o tempo, mas está muito longe de algo que me force a comprar mensalmente.

A arte de Michael Del Mundo é belíssima e é o ponto alto desta edição. As páginas tem aquele estilo que lembram pinturas, com quadros permeados por sangue e pelas faixas vermelhas do uniforme da assassina. As cores são lindas e todo o visual da HQ é muito bem feito.

Elektra #1 é talvez uma volta às origens da protagonista. Existe um clamor atualmente na Marvel pela busca da tal “essência” dos personagens como se isso fosse sinônimo de genialidade. Na minha opinião esse é UM dos fatores determinantes pra uma boa HQ, mas não é o único fator. Elektra #1 tem identidade, mas não tem profundidade nem conteúdo suficiente pra ser uma edição de estréia arrasadora.

LEIA MINHA ÚLTIMA RESENHA: HQ do dia | The Multiversity: The Society of Super-Heroes: Conquerors of the Counter-World #1

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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