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HQ do dia | Edge of Spider-Verse #2

A viagem da Marvel pelo Aranhaverso nos apresenta esta semana Gwen Stacy: Mulher-Aranha. Em um universo paralelo onde Peter ParkerEdge of Spider-Verse #2 não foi o felizardo picado pela aranha radioativa, Gwen assume o manto do Cabeça-de-teia. Enquanto tenta combater o crime em Nova York, escapar da perseguição incansável do departamento de polícia da cidade (comandado pelo seu pai, o Capitão Stacy), se formar na faculdade e atender aos compromissos de sua banda (chamada “As Mary Janes”), Gwen é uma Aranha quase tão cheia de problemas quanto Peter Parker.

O roteirista Jason Latour sabiamente não reconta a origem da personagem, que é totalmente desnecessária e deixaria a história monótona. A trama aqui se passa durante os anos de faculdade de Gwen. A protagonista acaba de perder um amigo querido (que vocês já devem saber quem é, né?) e seu alter-ego, a Mulher-Aranha é responsabilizada pelo crime. A vida de Gwen está um verdadeiro caos e a história se aproveita disso e nos mostra uma faceta inédita da personagem que todos os fãs do Aranha amam.

A arte de Robbi Rodriguez funciona razoavelmente bem nas cenas de ação com a Mulher-Aranha. O design e movimentação da personagem é bem fluido, feminino, moderno e agressivo. No entanto nas cenas com Gwen e o elenco de apoio achei o traço do cara um pouco desleixado. Cenas com bandas em HQ são sempre complicadas e Rodriguez não faz um trabalho muito consistente nesta edição. Alternando entre cenas legais com a heroína e outras ruins com sua alter-ego o artista deixa esta HQ com a sensação de que poderia ser melhor se tivesse outro ilustrador.

Edge of Spider-Verse #2 não é uma edição revolucionária. O grande mérito desta edição é o de não recontar a origem do Aranha mais uma vez. No entanto, a HQ é um mero spin-off apresentando uma versão do Homem-Aranha que deve agradar bastante o público feminino. A história é boa sim, mas não tem nada de especial, a arte é no limite do “regular” e tirando o fato de que todos nós gostamos de Gwen Stacy (apesar de eu conhecer muita gente que prefere que ela continue morta) esta edição não acrescenta nada à leitura mensal do Aranha e muito menos à vindoura saga Spider-Verse.

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Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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