in

HQ do Dia | Guerras Secretas #7

O fim se aproxima (se não houver mais atrasos, né?). A sétima e antepenúltima (Sim. A saga foi extendida de oito para nove edições) edição de “Guerras Secretas” foi publicada esta semana e finalmente temos aquele famoso momento narrativo que usualmente chamamos de “Deu ruim, parceiro”.

Doom já começa esta edição encurralado em seu castelinho encantado enquanto o misterioso Profeta (Calma, você vai descobrir quem é ele na terceira página da revista), organiza uma rebelião popular às portas de sua fortaleza. Mas não é só isso! A divindade soberana deste Mundo de Batalha ainda enfrenta traição entre seus “fiéis” Barões e sua força militar representada pelos Thors. Logicamente toda esta confusão é orquestrada pela dupla de Reed Richards da Terra 616 e 1610 com a ajuda dos sobreviventes da última incursão com o intuito de distrair e enfraquecer o monarca enquanto seu real plano se desenrola. Mas Jonathan Hickman não esqueceu de Tchalla aqui: O Rei dos mortos finalmente faz jus ao mórbido título e isso é o máximo que se pode dizer sobre a participação do Pantera Negra aqui sem estragar a sua leitura. Ah, só uma coisinha… #Aragornfeelingsdefine.Guerras-Secretas-7

O roteiro de Hickman aqui solta o freio de mão da explanação e coloca o pé no acelerador novamente. Não tem muita explicação aqui. A revista começa já no meio de uma rebelião às portas do castelo de Doom e é recheada de cenas de batalha até bem violentas com uma presença marcante do Sr. Sinistro, um dos Barões mais divertidos desta saga. É lógico que com a imensa quantidade de núcleos narrativos paralelos algumas explicações ficam implícitas. Um exemplo disso é como a Thor (Jane Foster da Terra 616) convence toda a Tropa Thor de que Destino é um falso deus (Isso fica bem mais detalhado no tie in “Thors” escrito por Jason Aaron). Nada que atrapalhe o fluxo de leitura, mas quem espera detalhes muito elaborados da motivação de personagens aqui, pode tirar o cavalinho a chuva. O esquema de Hickman nesta edição é bem simples: “Todos contra as forças de Destino”; alguns Barões de um lado, outros de outro, mas nada muito aprofundado. A leitura é muito rápida para perceber detalhes sutis como a relação entre Doom e a Cisne Negro, que é bastante ambígua, além dos estranhos laços de cooperação entre os dois Reeds, que se fortalecem a cada número publicado. Um ponto negativo é que, devido ao excesso de personagens na saga e a limitação de páginas alguns núcleos ficam em modo “espera” nesta edição, como por exemplo os dois Homens-Aranha e Owen Reece, além de Thanos que também não dá as caras. Estes provavelmente farão aparições na oitava edição (pois segundo o próprio autor, esta sétima edição teve de ser dividida em duas partes), mas fazem falta neste número.

A arte de Esad Ribic no início da edição dá a impressão de estar um pouco corrida e mais focada nos personagens do que em cenários. As cenas no campo de batalha são um exemplo. O fundo é bem vasto e com detalhes mínimos reforçando as expressões corporais dos personagens chave neste núcleo. A caracterização continua soberba e temos logo em seguida os ambientes mais detalhados e ricos nas cenas internas de Doomsdadt e principalmente na aparição do batalhão do Maestro. Uma entrada digna da grandiosidade do personagem e umas das cenas mais épicas da saga. Ribic não escorrega aqui e entrega mais uma edição caprichadíssima, apesar da enorme quantidade de personagens nesta parte da história.

“Guerras Secretas” #7 não tem nenhuma surpresa. Esta é aquela típica edição de início de terceiro ato no qual os protagonistas e antagonistas voltam a se enfrentar e tudo caminha em direção a múltiplos clímax subsequentes. Hickman faz o seu feijão com arroz super heroico com cenas de batalha grandiosas, traição e violência enquanto prepara os “grandes jogadores” como o Pantera Negra, Reed Richards e o próprio Doom para seus destinos finais. A arte de Esad Ribic continua na mesma pegada épica e muito caprichada das edições anteriores, portanto neste departamento você não tem surpresas desagradáveis. É pena que com o lançamento prematuro da nova linha de quadrinhos e a total desorganização editorial da Marvel atualmente (tentamos explicar essa zona aqui) esta saga tenha perdido um pouco sua energia cinética, mas em momento algum a equipe criativa é responsável por isso. Muito pelo contrário, “Guerras Secretas” sem sombra de dúvida já entra no rol das sagas mais bem desenvolvidas na Marvel nos últimos 10 anos.

ACOMPANHE TODAS AS RESENHAS DE GUERRAS SECRETAS:

Guerras Secretas #1

Guerras Secretas #2

Guerras Secretas #3

Guerras Secretas #4

Guerras Secretas #5

Guerras Secretas #6

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

X-Men: Apocalipse | O primeiro trailer está chegando e será lançado com Star Wars – O Despertar da Força

Jennifer Lawrence | Atriz leva o maior tombo em pré-estreia de Jogos Vorazes