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Demolidor | 7 Histórias essenciais do Homem sem Medo

O Demolidor é um dos personagens mais queridos dos leitores de quadrinhos e figura entre os favoritos entre os fãs da Marvel. Advogado durante o dia e vigilante durante a noite, o jovem cego incorpora tudo que se espera de um super-herói urbano – força de vontade, habilidade, sagacidade, vulnerabilidade e principalmente humanidade.
Muito antes do universo da Cozinha do Inferno ser adaptado para o formato de seriado via Netflix já existiam diversas listas de “Melhores histórias” do Demolidor pela internet. Portanto mais uma é chover no molhado. O objetivo aqui então não é determinar e “lacrar” estas histórias como “A lista definitiva do Demolidor”, mas sim dar dicas de leitura para quem conhece pouco ou quase nada do personagem e deseja entrar no universo do “Atrevido”.

O Homem sem medo

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Primeiramente vamos deixar uma coisa clara: Não há sagas que demonstrem melhor em essência o que é o Demolidor moderno do que as escritas por Frank Miller. É totalmente redundante escrever isso em pleno 2015, mas o autor redefiniu a persona de Matt Murdock e do universo do submundo criminoso da Cozinha do Inferno e da Marvel com obras como O homem sem medo.
A história da mini série é somente a origem definitiva do Demolidor moderno. A trama foi concebida por Miller e desenhada por John Romita Jr. e dá tratamento aos primórdios da carreira de Matt Murdock como vigilante assim como sua relação com Elektra e Stick – conceitos estes que foram introduzidos pelo próprio Miller em sua primeira passagem pelo personagem no início da década de 1980.

A Queda de Murdock

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Mais uma redundância falar sobre esta obra, no entanto não dá pra entender o Demolidor e sua mitologia sem ler A Queda de Murdock. No clássico da arte sequencial moderna escrita também por Frank Miller em sua seguida passagem pelo título do Demolidor e nesta oportunidade desenhada pelo genial David Mazzucchelli a identidade secreta do defensor da Cozinha do Inferno cai nas mãos do gangster conhecido como Rei do Crime através da ex-secretária (e amor da vida de Matt) Karen Page. Karen, vivendo como uma atriz pornô viciada em heroína vende a identidade secreta do Demônio por uma dose da droga.
O Rei então usa essa informação para destruir completamente a vida do Demolidor o que acarreta NO arco de queda e ascensão quintessencial na história da arte sequencial. Indispensável.

A Saga de Elektra

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Fechando a “Santíssima Trindade” de histórias escritas por Frank Miller que redefiniram o Demolidor temos a sua estreia como roteirista de fato na HQ do Diabo. A saga de Elektra precedeu a Queda e Homem sem medo e marcou o início de uma nova fase na qual o Demolidor finalmente ganhou uma identidade como o herói urbano e humanizado que temos até hoje.
A assassina ninja foi criada por Miller no início de sua passagem pela HQ do herói e pontuou o título do Homem sem Medo com passagens marcantes na vida do personagem de 1981 a 1983. Nesse ínterim o autor criou e desenvolveu conceitos como o tentáculo, o passado amoroso de Matt e Elektra Natchios e redefiniu o Rei do Crime como o grande antagonista dos títulos do personagem. A morte de Elektra até hoje é um dos momentos antológicos dos quadrinhos daMarvel sendo reverenciada e lembrada por fãs até os dias atuais.

O Diabo da Guarda

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História que marca a estreia do segundo volume do título do Demolidor. A revista começa esta nova fase sob a responsabilidade do autor Kevin Smith (Roteirista e diretor de Procura-se Amy,Barrados no Shopping, O Balconista entre outros clássicos) e com ilustrações de Joe Quesada. Na trama que explora o lado religioso de Matt Murdock o herói cego se vê às voltas como uma criança que pode ou não ser a encarnação do Anti-Cristo.
Enquanto isso Karen Page descobre que é portadora do vírus HIV devido a seu passado como usuária de heroína e atriz pornô. O Demolidor novamente é levado ao limite de sua sanidade em uma saga que envolve o Doutor Estranho, a Viúva Negra, o Mercenário, o Homem-Aranha e até Mephisto. Alternando entre dilemas morais e ação desesperada, Diabo da guarda novamente alavancou as vendas e a popularidade do personagem no final da década de 1990 e preparou o terreno para a fase maisnoir que veio a seguir nos títulos do herói cego.

Demolidor por Brian Michael Bendis

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Após o enorme sucesso do arco Diabo da guarda o novo volume do título do Demolidor teve uma breve fase escrita por David Mack que culminou na entrada do roteirista Brian Michael Bendis e sua colaboração com o sensacional desenhista Alex Maleev.
Durante a fase Bendis / Maleev tivemos arcos como Underboss que mostrou a queda do Rei do Crime por conta de uma traição, Out que conta a história exposição da identidade secreta do Demolidor ao público e as repercussões disso na vida de Matt Murdock e Hardcore que introduz a personagem Milla Donovan na vida do Demolidor enquanto o mesmo cai em uma armadilha orquestrada pelo Rei do Crime.
A fase Bendis marca um dos períodos mais sombrios e interessantes do Demolidor com histórias sérias e recheadas de subtramas policiais / noir.

O Demônio interno e externo

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Com o final da excelente fase escrita por Brian Michael Bendis a Marvel recruta o roteirista Ed Brubaker para assumir o título. A fase escrita por Brubaker e desenhada magistralmente por Michael Lark se inicia tratando as repercussões do final da fase Bendis. Com sua identidade exposta, preso na Ilha Ryker e cercado de inimigos o arco chamado The Devil, inside and outmostra uma das fases mais amargas da carreira do herói. Enquanto luta por sua sobrevivência no “xinlindró” o Diabo tem de tentar provar sua inocência e convencer o mundo de que não é o Demolidor em um ambiente totalmente hostil e desfavorável.

Demolidor por Mark Waid

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Felizmente nem tudo é desgraça para o Demolidor. Esse é a premissa e o clima básico para o run atual de Mark Waid no título do Demolidor. A série que recomeçou da edição zero em 2011 e foi premiada com um prêmio Eisner é um dos quadrinhos mais interessantes publicados atualmente na Marvel. A abordagem de Waid para o personagem e sua reestruturação como advogado criminal é muito mais leve, mas não menos profunda e humana que seus antecessores.
Waid escreve um Demolidor muito mais experiente e “malandro” e que usa suas habilidades e experiência na prática do direito criminal para ajudar a comunidade. Logicamente o herói se vê envolvido com vilões e tramas de conspiração que culminam em uma mudança radical na vida de Matt Mudock no final da primeira fase escrita por Mark Waid.
Uma fase que difere diametralmente das passagens escritas por Brubaker e Bendis em tom e visual, mas que exploram de maneira brilhante as repercussões do material escrito pelos roteiristas predecessores. Um dos títulos mais divertidos da Marvel atualmente. Recentemente entrevistamos o desenhista do arco inicial dessa fase, Paolo Rivera e você pode ler um pouco sobre o trabalho do cara aqui.
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Este é o fim da nossa pequena lista de leituras recomendadas do Demolidor. Somente com este material você já terá dias e dias de diversão e pode conhecer muito da personalidade, mitologia e história de um dos personagens mais queridos e complexos da Marvel.
Logicamente cada um tem sua história favorita do Demolidor e é bem provável que a sua não esteja listada acima, mas deixe seu comentário abaixo e nos diga qual a sua história favorita do Atrevido.

Leia mais: Demolidor | Crime, sangue e mistério no submundo de Nova York

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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