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Batman: Arkham Knight | Tara Strong fala sobre a “super fofa e super psicótica” Arlequina

Ao longo de suas carreiras no combate ao crime, Batman e Robin têm frustrado consideravelmente os planos do Coringa. Enquanto os cidadãos de Gotham ficavam satisfeitos pelo bem sempre prevalecer sobre os planos malignos do Príncipe Palhaço do Crime, o duo dinâmico possuía uma vantagem injusta: havia dois deles.

No entanto, essa probabilidade mudou com a introdução da personagem Arlequina na animação dos anos 90 Batman: The Animated Series. E embora as expectativas terem sido modestas quando a personagem estreou, a nova companheira mortal do Coringa desencadeou um potencial que a fez ganhar inúmeros fãs ao longo dos anos, e consequentemente, acabou por ser representada em outras mídias.

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Batman: Arkham Knight | Tara Strong fala sobre a "super fofa e super psicótica" Arlequina

Originalmente a Arlequina foi dublada por Arleen Sorkin nas animações e jogos que a personagem esteve presente, até que a sua companheira de Batman: The Animated Series, Tara Strong, assumiu o seu lugar a partir do jogo Batman: Arkham City. A dubladora Tara Strong, que possui em seu currículo dublagens em projetos como Rugrats, Uma Família da Pesada, Os Jovens Titans em Ação, entre outros, forneceu a voz para a anti-heroína em uma série de jogos, incluindo Injustice: God Among Us, Batman: Arkham Origins, LEGO Batman 3: Beyond Gotham e Infinite Crisis.

Com Batman: Arkham Knight trazendo o final épico da franquia Arkham, Tara Strong falou com o Comic Book sobre a sua própria voz e a evolução da personagem desde que assumiu o manto da Arlequina. Tara Strong também falou sobre sua breve participação na série Arrow, e suas esperanças para o longa-metragem Esquadrão Suicida, onde Margot Robbie assumiu o papel da personagem.

Batman: Arkham Knight | Tara Strong fala sobre a "super fofa e super psicótica" Arlequina
Tara Strong traz Arlequina a vida para o seu maior papel na franquia Arkham

CBR: O que você lembra sobre o seu primeiro contato com Arlequina? Houve algum traço particular ou elementos visuais da personagem que imediatamente você se apegou?

Tara Strong: Eu estava dublando a Batgirl [em Batman: The Animated Series] e trabalhando ao lado de Mark Hamill, Kevin Conroy, Arleen Sorkin e alguns dos talentos mais surpreendentes. Eu nunca pensei que seria uma voz que faria algum dia. Ela foi criado para Arleen e tem uma qualidade vocal única. Ela não estava realmente fazendo muito de uma voz. Sua voz natural é tão peculiar e adorável. Só me dei conta de que ela era a Arlequina. Obviamente ela [Arlequina] não é uma psicopata nem mesmo a namorada de um cara mau. Eu costumava a adora-la apenas a observando. Arlequina é apenas uma personagem interessante e bonita e Arleen sempre fez um grande trabalho.

Quando recebi o telefonema que eles queriam uma nova versão, fiquei surpresa. Em seguida eles disseram que não queriam que soasse como Arleen, e sim que queriam uma versão mais recente da personagem. Eu estava trabalhando em uma impressão e eles disseram “Não, nós realmente queremos que você assuma isso”. Foi um momento muito interessante, porque eu amava a Arleen tanto que não poderia imaginar qualquer outra pessoa fazendo isso. Mas, uma vez que tinha que ser feito, felizmente eu estava lá, e eu realmente amei Arleen. Felizmente, eu pago relação ao que ela criou.

CBR: Deve ser intimidante quando você segue os passos de alguém que colocou um selo indelével em um personagem.

Tara Strong: Sim, e se eles ainda estão por aí, é uma coisa engraçada. Eu não gosto quando alguém faz a minha voz. Tenho certeza de que não foi a melhor notícia, mas Arleen foi muito graciosa na imprensa sobre isso. Ela disse que pensou sobre qualquer um tomar o seu lugar, mas que eu seria a única. Quando ela me conheceu, ela tinha dito a seu marido o quão talentosa eu era. Ela foi muito gentil, o que foi muito bom.

CBR: Você pode falar um pouco sobre como você se aproximou da personagem e fez a sua própria voz?

Tara Strong: Eu meio que peguei o que sabia sobre a história da Arlequina e ao ouvir clipes dela. Eu criei a voz juntamente com os escritores e criadores do jogo, Arkham City, que foi a primeira vez que fiz a voz. Eu tinha clipes dela no meu telefone a partir das séries animadas, e eles disseram: “Você precisa parar de ouvir aqueles. Queremos a sua versão. Nós não queremos essa versão”. Tornou-se uma mistura entre minha voz e uma impressão da Arlequina, mas certamente com muito mais altos e baixos, e muito mais escura do que a original.

Batman: Arkham Knight | Tara Strong fala sobre a "super fofa e super psicótica" Arlequina

CBR: Quanto tempo demora para a dublagem de um game ficar pronta em comparação com a dublagem de animações?

Tara Strong: Depende de quantas cenas você tem e isso pode levar muito mais tempo, e pode ser mais desgastante para a sua voz. Normalmente quando você dubla para uma animação, é você, juntamente com os outros membros do elenco. Para um jogo, é apenas você durante quatro horas. Mesmo se você não está gritando ou fazendo sons de morte, pode ser cansativo fazer qualquer personagem por quatro horas em um momento. Isso realmente se resume ao diretor. Se eles tem alguém que só trabalha para uma empresa de jogo pedindo 30 tomadas dos mesmos barulhos de morte, você está indo rumo para acabar com o seu talento. Um bom diretor de narração vai tornar as coisas mais rápidas e ainda obtendo um bom resultado.

CBR: O que ajuda manter sua energia para cima quando você não está interagindo com outros dubladores?

Tara Strong: Normalmente tenho um par de bebidas ao meu lado. Tenho água em algum tipo de café gostoso. Quando se trata de ações, você realmente tem que imaginar os momentos em sua cabeça para que ele traduza quando você está dublando isso. Houve muitas vezes, inclusive com a Arlequina, onde eu realmente chorei fazendo uma gravação. Eu meio que fecho os olhos para imaginar o que está acontecendo nestes momentos. Eu só tenho de permanecer fiel ao personagem, como qualquer outro trabalho.

CBR: Você se movimenta e fica animada?

Tara Strong: Oh sim! Você não pode se mover muito porque tem que ficar dentro dos parâmetros do que parece bom no microfone. Mas você nunca vai ter um dublador apenas parado. Há gestos, movimentos faciais e um pouco de movimento corporal. Talvez haja um pouco de barulho do corpo, contanto que você não esteja vestindo algo barulhento, como uma jaqueta cheia de botões, por exemplo. O microfone pode ser muito sensível.

Batman: Arkham Knight | Tara Strong fala sobre a "super fofa e super psicótica" Arlequina

CBR: Como você se sente quanto ao desenvolvimento da personagem desde que você assumiu as expressões dela?

Tara Strong: Eu diria que quando ela começou a Arlequina foi ideia de Bruce Timm. Inicialmente, ela era uma espécie de namorada psicótica, uma pobre alma do amor com uma pessoa horrível. Ao longo dos anos, ela veio adquirindo sua personalidade própria e independência.

Obviamente, quando o Coringa morre [na franquia Arkham, mas em específico em Batman: Arkham City], ela continua o seu legado e continua má. Esta Arlequina tem muito mais confiança do que as Arlequinas originais. Ela não é apenas uma espécie de namorada fulminante que não tem identidade. Ela ainda está muito envolvida no amor que sente pelo  Coringa, mas continua independente e forte e eu diria mais louca e sombria do que a original.

CBR: É interessante que não há muitos vilões com ajudantes

Tara Strong: Não, não há. Ela é uma personagem tão incomum, que mistura o super bonito e o super psicótico de alguém tão dedicada a alguém que realmente é um monstro. Ela também está cativante o suficiente para que as pessoas torçam por ela. Muitas pessoas não torcem para o Coringa. Ele é atraente, mas não deixe a Arlequina saber que eu disse isso. De alguma forma, você acaba voltando para Arlequina porque ela é tão bonita e todo mundo tem esse relacionamento onde você sente que está constantemente lutando para que haja o reconhecimento das suas pequenas migalhas de amor. As pessoas podem se relacionar com ela em algum nível. Além disso, ela é sexy.

Batman: Arkham Knight | Tara Strong fala sobre a "super fofa e super psicótica" Arlequina

CBR: Você interpretou a Arlequina fora dos jogos, bem como uma participação especial no primeiro episódio do Esquadrão Suicida de Arrow.

Tara Strong: Isso foi muito divertido. Eles me trouxeram, e eu estava no palco. As pessoas que trabalharam com a cena era realmente grandes fãs da personagem. Em seguida, eles foram vendo a cena se desenrolar, embora você só podia ver ela por trás. Eles sabiam que os fãs ficariam empolgados e quando os fãs viram isso, eles imediatamente twittaram sobre a cena.

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CBR: Quais são suas esperanças e expectativas para a versão das telonas quando Esquadrão Suicida chegar aos cinemas?

Tara Storng: Eu realmente amei a Margot Robbie em Lobo de Wall Street. Eu acho que Margot é bastante envolvente na câmera. Espero que a Arlequina continue nesse caminho de ser envolvente e ter as pessoas se apaixonando por ela e não se perdendo na natureza vilã que ela possui, mas sim no lado agradável que ela tem. Esperamos que as pessoas venham a amar ela ainda mais.

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Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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