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Semana do Halloween – Noite 2 | Filmes para ver no Netflix

Vocês pediram, e a primeira lista da Netflix chegou. Como é a segunda noite da Semana do Halloween, separei alguns filmes de terror/suspense para você assistir por lá. A primeira noite da semana você confere aqui -> Semana do Halloween – Noite 1 | Séries de terror

A internet está repleta de listas de terror nessa época do ano, inclusive com dicas do que assistir na Netflix, mas nem sempre esses filmes são realmente do gênero terror/suspense. Muitas vezes assistimos e damos risada. Como vocês já devem ter observado nos comentários dessas listas, muita gente reclama sobre as indicações.

Lista é algo muito pessoal, o filme que pode ser o melhor do cinema aos meus olhos, pode ser ruim para você. Portanto, além do meu olhar, sempre procuro a crítica do filme, para passar o melhor para vocês. Nessa lista, em particular, tomei bastante cuidado com os filmes indicados, e por tal motivo, ela ficou bem curtinha. Não acho justo copiar e colar todos os filmes do gênero. Vocês merecem mais! Merecem filmes com qualidade!

Infelizmente, ainda não existe um leque maior de possibilidades na Netflix, mas os clássicos nos salvam da mesmice.

Adendo: dois clássicos não estão nessa lista, e como sei que vocês vão ficar perguntando o motivo (e estão certos em perguntar) já vou responder para esclarecer. A Profecia e Poltergeist – O Fênomeno,  eles fazem parte de uma lista especial que preparei para essa semana.

Já consegue imaginar o que vem por ai? Fique por dentro das listas no decorrer dessa semana!

Para começar a lista de hoje, nada melhor que um clássico.

Halloween (1978) – John Carpenter

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Impossível não pensar em Michael Myers sempre que o dia 31 de outubro se aproxima. Foi no Dia das Bruxas que ele, aos seis anos foi parar num sanatório, onde ficou por 15 anos, até que fugiu para assombrar a pacata cidade onde passou sua infância. Enquanto a galera bate de porta em porta pedindo doces ou travessuras, ele busca sangue. Depois do primeiro, uma série de filmes foi lançada, até rolar o remake, em 2007.

Curiosidades:

–  Como não havia um grande orçamento para rodar Halloween, a máscara escolhida para ser a utilizada pelo psicopata Michael Myers foi a mais barata encontrada numa loja próxima ao local de filmagens, que era exatamente a utilizada por William Shatner no filme The Devil’s Rain. Entretanto, a máscara sofreu algumas mudanças, tendo sido pintada de branco, com os cabelos retirados e o contorno dos olhos sofrendo modificações.

–  O nome do personagem de Donald Pleasence em Halloween foi uma homenagem ao filme Psicose.

Carrie, A Estranha (1976 e 2013)

Carrie

Existem 3 versões do filme!
A única que não está na Netflix é a do David Carson, que costumava passa nas madrugadas do SBT. As outras duas são a clássica de 1976, de Brian de Palma, e o remake mais atual, de 2013, da Kimberly Peirce.

Eu prefiro a de 1976, mas sou suspeita para falar sobre o Brian de Palma, porque ele é um dos meus diretores favoritos.

Apesar de gostar muito dos remakes, o primeiro filme consegue ser o mais perturbador possível. Muitos já conhecem a história de Carrie, mas não custa nada lembrar. No filme original, de 1976. Carry White é interpretada por Sissy Spacek, uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com sua mãe, Margareth, interpretada por Piper Laurie.  criada por uma fanática religiosa à beira da loucura, Carrie é uma menina introvertida, que sempre é menosprezada, inclusive humilhada, pelas colegas de escola. Isso porque ninguém imagina os poderes paranormais que ela possui, e muito menos da sua capacidade vingança quando está repleta de ódio.

Algumas pessoas não sabem, mas o longa foi baseado no livro de mesmo nome, do escritor Stephen King. O mestre do terror já havia escrito outros livros antes, mas esse foi o primeiro publicado. Ele mesmo admitiu que o escreveu em uma época difícil de sua vida, onde passava por uma certa instabilidade emocional (isso explica a inspiração para criar Carrie). Quando King escreveu Carrie, não gostou do resultado final e jogou tudo no lixo. Sua esposa viu o que tinha acontecido e pegou o manuscrito no lixo, leu e adorou. Foi ela quem fez King levar o livro até um editor, que decidiu publicá-lo.

AINDA BEM!

O livro foi um enorme sucesso e levou King da pobreza e anonimato, até a riqueza e a fama. Chegou até a ser adaptado para um musical, na Broadway, em 1988.

O próximo filme da lista, é considerado por muitos o terror mais assustador da infância:

A Hora do Pesadelo (1984) – Wes Craven

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Um grupo de adolescentes tem pesadelos horríveis, onde são atacados por um homem deformado. Ele aparece durante o sono, e a única forma de escapar de suas garras de aço, é acordar. Crimes vão ocorrendo seguidamente, até que se descobre que o ser misterioso é, na verdade, Freddy Krueger, interpretado por Robert Englund, um homem que molestou crianças na Rua Elm, e que foi queimado vivo pela vizinhança. Agora Krueger pode retornar para se vingar daqueles que o mataram, através do sonhos, ou melhor, pesadelos.

Curiosidades:

– O filme se inspirou em fatos reais – obviamente não estou falando dos elementos sobrenaturais do filme – Wes Craven, diretor do filme, se inspirou em um conto da vida real de algumas pessoas que morreram durante o sono:
Na década de 1970, um grupo de refugiados do Camboja que chegaram aos EUA, relataram pesadelos extremamente perturbadores. Os pesadelos eram tão ruins que alguns homens se recusaram a dormir, e alguns chegaram ao óbito logo após os pesadelos. O fenômeno afetou somente homens entre 19 e 57 anos e os médicos o intitularam de Síndrome da Morte Súbita Asiática. Embora eles nunca identificaram exatamente qual foi a causa, acredita-se que os homens sofriam de algum tipo de problema cardíaco que fez com que morressem durante o sono.

– Por pouco o filme não foi finalizado. Quando as filmagens estavam na metade, a New Line Cinema, produtora do filme, teve o contrato de distribuição do longa rompido. Sem dinheiro em caixa, o estúdio ficou duas semanas sem pagar os integrantes do elenco e da equipe de produção, até um novo acordo de distribuição ser fechado. Durante este período, as filmagens ocorreram normalmente, sem nenhum integrante abandonar a produção. No final, o sucesso do filme nos cinemas evitou a falência da New Line Cinema.

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Freddy Krueger foi criado por Wes Craven para ser mais um serial killer silencioso, no estilo de Jason Voorhess e Michael Myers, mas nos filmes seguintes da série o personagem ganhou mais humor negro, e virou o motivo dos pesadelos de muitas crianças da minha época.

– Cerca de 500 galões de sangue falso foram usados durante as filmagens. Vale lembrar que o sangue de Freddy Krueger, no filme, é verde.

– Ocorreu um acidente durante as filmagens da cena em que uma fonte de sangue é jorrada da cama para o teto. A ideia original era que o quarto girasse lentamente, de forma a que o sangue jorrasse de maneira surrealista e atingisse a parede em curva. A equipe perdeu o controle do quarto, que ficou girando desordenadamente com o diretor e o câmera amarrados em cadeiras fixas dentro do próprio quarto e 250 litros de água colorida sendo jorrados. Quando se conseguiu enfim parar o quarto, as câmeras estavam danificadas e a equipe, inteiramente ensopada.

Psicose (1960) – Alfred Hitchcock

Psicose

Marion Crane rouba a firma em que trabalha e foge para recomeçar sua vida. Uma tempestade a faz parar num hotel de beira de estrada, onde é recebida pelo estranho, porém afável, Norman Bates, que cuida do lugar. Quando notam seu desaparecimento, sua irmã e o amante decidem investigar.

Impossível não lembrar da trilha sonora ao ver essa imagem. A música foi composta por Bernard Herrmann especialmente para esse filme e é um dos pontos mais expressivos deste trabalho. É interessante percebermos que o compositor deixou de lado os complexos arranjos e a “grandiosidade” das orquestras sinfônicas (tão apreciados pelos clássicos hollywoodianos das primeiras décadas do cinema). Antes de Psicose, ele compôs trilhas de filmes como Cidadão Kane e Soberba. E eu já sei que você já usou essa trilha como toque de ex, ou até mesmo da sua mãe:

Curiosidades:

– Várias atrizes estiveram cotadas para o papel de Marion Crane: Eva Marie Saint, Piper Laurie, Martha Hyer, Hope Lange e Lana Turner.

Psicose foi filmado em preto e branco por opção do próprio Alfred Hitchcock, que considerava que, em cores, o filme ficaria “ensanguentado” demais. Para criar o sangue na cena do chuveiro, foi utilizada calda de chocolate.

Alfred Hitchcock comprou, anonimamente, os direitos do livro de Robert Bloch, por apenas US$ 9 mil. Logo depois, distribuiu várias cópias do livro, mantendo sempre segredo sobre o final da história. Para economizar nos custos de produção, Hitchcock resolveu utilizar em Psicose boa parte do elenco de sua série exibida na TV americana. Psicose custou apenas US$ 800 mil e faturou mais de US$ 40 milhões nas bilheterias.

– Seguido por Psicose II (1983), Psicose III (1986) e Psycho IV: The Beginning (1990). Apenas o primeiro filme foi dirigido por Alfred Hitchcock. Em 1998 foi refilmado por Gus Van Sant, tendo também recebido o nome Psicose. Atualmente, a série Bates Motel é baseada na vida do personagem Norman Bates.

No Limite da Realidade (1983)

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Como citei ontem, a série clássica Além da imaginação rendeu um longa muito polêmico, envolvendo mortes na sua gravação. Saiba mais clicando aqui.

Este filme é uma refilmagem de quatro episódios clássicos do seriado de TV, cada um dirigido por um renomado cineasta da época – Steven Spielberg, John Landis, Joe Dante e George Miller. No primeiro episódio, um homem preconceituoso sente na própria pele os efeitos do racismo. No segundo, um asilo é modificado pela presença de um flautista. No terceiro, um garoto lidera com seus poderes mentais. A quarta história volta-se para o sofrimento e as visões de um passageiro de avião durante uma tempestade. Quatro histórias clássicas, em um filme só!

Psicopata Americano (2000) – Mary Harron

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Patrick Bateman, interpretado por Christian Bale (eterno Batman) jovem, atraente, sem nada que o diferencie de seus colegas de Wall Street. Cheio de privilégios e riqueza, Bateman é também um serial killer, que vaga livremente e sem receios em busca de uma nova vítima. Seus impulsos assassinos são abastecidos por um zeloso materialismo e uma inveja torturante quando ele encontra alguém que possui mais do que ele.

Curiosidade:

– O filme causou muita polêmica nos Estados Unidos na época de seu lançamento, devido às suas fortes cenas de violência. Em alguns lugares as cenas não foram exibidas.

O Massacre da Serra Elétrica (2003) – Marcus Nispel

Leatherface

Embora eu sempre prefira originais em vez dos remakes, o filme é uma boa pedida. No longa, um grupo de jovens está no meio de uma viagem do Texas para o México, até enfrentarem um problema: a gasolina do carro chega ao fim. Eles param bem em frente a um matadouro, onde começam a procurar desesperadamente por um telefone. Porém o que eles não sabem, é que um homem assustador vive por ali.

O filme foi baseado em um assassino que aterrorizou o século 20:

 Ed Gein 

Ed gein

Sociopata sexual, criado por uma mãe autoritária, assim como a de Carrie, que falava para o filho que todas as mulheres do mundo eram prostitutas (menos ela, é claro). Fanática religiosa, a mulher proibia o filho de olhar para qualquer uma. Além de tímido, ele tinha déficit de atenção, o que o tornava menos sociável ainda. Quando sua mãe morreu, em 1945, ele se viu sozinho pela primeira vez no mundo, aos 39 anos. Isso para alguns foi o gatilho para que a mente dele se corrompesse. Já em 1957, Bernice Worden, proprietária de uma casa de ferragens, desapareceu. A polícia descobriu que ele havia passado por lá, através de um recibo, e encontrou um rastro de sangue. Quando eles foram até a fazenda de Ed Gein, encontraram itens que entraram para história da criminologia e psiquiatria:

  • 9 máscaras feitas de pele humana.
  • Sopa feita de crânio humano.
  • 10 cabeças de mulheres com topo cerrado.
  • Cadeiras revestidas com pele humana.
  • 9 vaginas dentro de uma caixa (inclusive a de sua mãe, que estava pintada de prata)
  • 1 cinto feito de mamilos femininos.
  • 1 caixa com narizes.
  • Sutiã e peças de roupa feitas de pele humana.
  • Órgãos viscerais dentro da geladeira.
  • Crânios enfeitando sua cama.
  • 1 caixa contendo pedaços de cérebros.

Entre outras coisas.

Ed confessou dois assassinatos na base da pancada, mas nunca falou oficialmente quantas pessoas matou. A maioria dos pedaços de corpos encontrados em sua casa eram de corpos retirados do cemitério local. Ele foi considerado insano pelas autoridades e morreu aos 77 anos, internado em um hospital psiquiátrico onde iria passar o resto da vida. Sua contribuição horrenda para o mundo, foi também uma contribuição imensa para o cinema. Onde vários personagens se inspiraram nele, tais como Norman Bates e Leatherface. Que por sua vez, inspiraram diversos outros personagens.

VEJA TAMBÉM: 10 filmes sobre Serial Killers baseados em fatos reais

Madrugada dos Mortos (2004) – Zack Snyder

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A história não é nova, baseada no filme original de 1978. Enquanto zumbis desejam dominar uma cidade de Wisconsin e começam a atacar as pessoas, Ana, interpretada por Sarah Polley, é uma jovem enfermeira, que consegue escapar do ataque deles e é ajudada pelo policial Kenneth, interpretado por Ving Rhames. Juntos eles encontram abrigo em um shopping center, onde outros sobreviventes estão escondidos. Lá os zumbis não conseguem entrar e eles conseguem ter uma vida razoavelmente normal, mas a situação piora quando começa a faltar energia e comida, o que faz com que eles tenham que sair do abrigo para conseguir sobreviver.

 Curiosidade:

– Os atores Ken Foree, Scott H. Reiniger e Tom Savini também estiveram no filme original, mas interpretam personagens diferentes nesta refilmagem.

Horror em Amityville (2005) – Andrew Douglas

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Em 13 de novembro de 1974 a polícia do condado de Sufolk recebeu uma chamada telefônica que a levou ao endereço 112 da rua Ocean Avenue, em Amityville, Long Island. Dentro da casa, a polícia encontrou um crime brutal: o assassinato de uma família inteira enquanto dormia. Poucos dias depois, Ronald Defeo Jr. interpretado por Brendan Donaldson, admitiu que usou um rifle para matar os pais e seus 4 irmãos, alegando ter ouvido vozes que vinham de dentro da casa e que o influenciaram a cometer os crimes. Um ano depois, George, interpretado por Ryan Reynolds, e Kathy, interpretada por Melissa George, se mudam com os filhos para a antiga casa dos Defeo. Não demora muito para que estranhos eventos comecem a acontecer, afetando a vida da família e indicando que uma presença maligna está oculta na casa.

Curiosidade:

– Além de uma indicação ao prêmio de melhor trailer de terror em 2005 no Golden Trailer Awards, o longa foi indicado em diversas premiações para o público jovem, como o MTV Movie Awards, o Teen Choice Awards e o Young Artist Awards, entre 2005 e 2006.

Sexta-Feira 13 (2009) – Marcus Nispel

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Nispel é genial. Um dos pais do terror atual, que sempre procurar inserir um banho de sangue nas telonas e faz remakes considerados incríveis, inclusive da história de Jason.

Nessa versão, Clay interpretado por Jared Padalecki, vai à misteriosa floresta de Crystal Lake em busca de sua irmã desaparecida. Lá ele encontra restos de velhas cabanas, aparentemente abandonadas. Apesar de ser avisado pelos oficiais e habitantes locais, ele resolve explorar o local juntamente com uma jovem, que está em um grupo que se formou para passar um final de semana de aventuras. O que eles não esperavam era encontrar Jason Voorhess, interpretado por Derek Mears, um assassino doentio.

Curiosidade:

Jonathan Liebesman e John Moore estiveram em negociações para dirigir Sexta-Feira 13, mas o cargo ficou com Marcus Nispel. As atrizes Jennifer Sciole e Scout Taylor-Compton fizeram testes estrelar Sexta-Feira 13, mas não foram escolhidas pelos produtores.

– A atriz Moran Atias chegou a ser escolhida, mas foi substituída durante as filmagens.

Esse foi o único entre o suspense e o terror que escolhi. Um filme pelo qual não dava nada e acabei adorando:

A última casa da rua (2012) – Mark Tonderai

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Não é de hoje que casas com algum tipo de problema rendem histórias e muitas delas acabam se tornando verdadeiros sucessos. Neste longa, Elissa interpretada por Jennifer Lawrence, e sua mãe Sarah, interpretada por Elisabeth Shue, buscam uma nova vida em outra cidade. O negócio só foi possível porque o imóvel vizinho ao delas foi palco de um duplo assassinato e assim o aluguel ficou mais baixo. Mas tudo na vida tem um preço. Quando Elissa começa a se relacionar com Ryan, interpretado por Max Thieriot, o único sobrevivente da família assassinada, as coisas começam a mudar radicalmente, trazendo à tona problemas entre mãe e filha, além de conflitos com os vizinhos da região, que acabam envolvendo também a polícia local.


Espero que tenha gostado da lista. Infelizmente, como disse no começo do artigo, a Netflix não tem um acervo muito grande de filmes de terror.
De todos os filmes clássicos e atuais que achei por lá, esses foram os melhores avaliados por mim e pela critica. Mas não fique triste, novas listas da Netflix estão por vir. Comente por aqui sobre qual gênero você quer que eu faça listas!

Não deixe de conferir as publicações da Semana do Halloween, repleta de terror, sangue, medo e carinho. E não se esqueça:

Um, doisFreddy vem te pegar…

Semana do Halloween – Noite 3 | O melhor do Cinema Trash

Escrito por Juliane Rodrigues (Exuliane)

Serial killer não praticante, produtora audiovisual de formação e redatora por vocação. Falo sério mas tô brincando no twitter @exuliane

manda nudes: [email protected]

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