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A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Antes de mais nada, confira a primeira parte dessa matéria especial aqui:
A Força Feminina no Cinema – Parte 1

Muitas mulheres fortes ganharam destaque no cinema no decorrer dos anos. Algumas reais, que foram retratadas primorosamente. Outras fictícias que retratam cada mulher forte em um pedaço de si.

A força nem sempre é algo literal, a batalha que toda mulher enfrenta ao cruzar sua zona de conforto, seja ela a rua ou no estrelato, é repleta de machismo. Mas, acima de tudo, de muita luta.

Mulheres que não se curvaram diante das dificuldades merecem aplausos, e merecem também as telonas:

A Dama de Ferro (2011)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “The Iron Lady”
Direção: Phyllida Lloyd

Meryl Streep interpretou Margaret Thatcher no filme biográfico que conta a vida da ex-primeira ministra britânica, também conhecida como “a mãe do neoliberalismo”. Uma mulher forte e decidida, Tatcher era filha de marceneiros e conseguiu chegar ao topo. Em um mundo dominado pelos homens, a dama de ferro quebrou todas as barreiras de gênero e classe. Meryl, como sempre, está fabulosa ao interpretar personagens fortes.

Um Assunto de Mulheres (1988)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Une affaire de femmes”
Direção: Claude Chabrol

Durante a Segunda Guerra Mundial, na França ocupada, uma mulher de baixa escolaridade cria seus dois filhos em um apartamento cheio de ratos, ela é Marie Latour (Isabelle Huppert). Em 1941, seu marido retorna da Frente, fraco demais para manter um emprego. Depois de um episódio envolvendo sua vizinha, Marie descobre que pode fazer abortos clandestinos para sustentar sua família. Um grito de liberdade, em uma França opressora.

Dançando no Escuro (2000)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Dancer in the Dark”
Direção: Lars von Trier

Um filme que te faz questionar os valores humanos. Lars Von Trier e Björk  me deram uma das piores sensações que já vivi na minha vida: a sensação de impotência. Selma Jezkova (Björk) é uma mãe solteira portadora de uma doença hereditária de visão. Tentando impedir que seu filho fique cego como ela está ficando, Selma trabalha o máximo que pode para economizar e pagar sua operação. Só que quando um vizinho amigo passa por problemas financeiros e a rouba, têm-se início uma série de trágicos acontecimentos que mudarão para sempre os rumos de sua vida.

Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento (2000)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Erin Brockovich”
Direção: Steven Soderbergh
Tem na Netflix!

Nesse filme comovente, Julia Roberts faz o papel de Erin Brockovich, mãe de três filhos que trabalha como secretária em um escritório de advocacia. Erin sofre muito preconceito por usar roupas consideradas “vulgares” e ser uma pessoa simples, mas prova que é uma mulher forte e confiante quando consegue o apoio de muitos cidadãos em um processo que irá decidir sua carreira.

A Troca (2008)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Changeling”
Direção: Clint Eastwood

Angelina Jolie vive Christine Collins, uma mulher que perde o seu filho e precisa seguir em seu encalço. Uma mãe que ora fervorosamente para que seu filho Walter (Gattlin Griffith) retorne para casa. O menino foi sequestrado em uma manhã de sábado, após ela ter saído para trabalhar. Com a ajuda do reverendo Briegleb (John Malkovich) e após meses de buscas intensas, finalmente a polícia encontra o garoto. Mas algo está errado e, em seu coração, Christine desconfia que ele não seja seu filho verdadeiro.

Philomena (2013)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Philomena”
Direção: Stephen Frears

Judi Dench vive a protagonista de Philomena, baseada na história real de Philomena Lee, adolescente irlandesa forçada pelo estado a trabalhar em uma instituição católica por sua condição de jovem mãe solteira no início do século XX. Ela, assim como muitas outras, foram obrigadas a abdicar da vida de seus filhos em nome da purificação dos seus pecados. Além de dar a luz sem anestesia como “castigo” por não ser casada, três anos depois, Philomena teve seu filho arrancado dos braços sem nenhum aviso. A Igreja Católica entregou os filhos de mais de 2.200 jovens irlandesas – contra sua vontade – para casais americanos na época, e a maioria dessas mães nunca chegaram a reencontrar os filhos.

Meninos não choram (1999)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Boys Don’t Cry”
Direção: Kimberly Peirce
Tem na Netflix!

Um ótimo filme que relata uma história real, com a atuação incrível de Hilary Swank. Um filme muito forte e marcante, falando sobre sexualidade e preconceito. Um filme que deveria ser assistido por todos aqueles que proferem comentários do tipo ”Quer ser lésbica, beleza, mas pra que andar igual a um homem?”. Criar um filme sobre a triste história de vida de Teena Brandon era uma tarefa difícil. A maioria dos profissionais que tivessem em mãos tal desafio, criaria um filme excessivamente dramático ou talvez romântico demais. Mas sendo dirigido pela Kimberly Peirce, o longa não poderia se sair melhor! Saiba como Teena Brandon se tornou Brandon Teena, e passou a reivindicar uma nova identidade, masculina, numa cidade rural de Falls City, Nebraska. Brandon inicialmente consegue criar uma imagem masculinizada de si mesma, se apaixonando pela garota com quem sai, Lana, e se tornando amigo de John e Tom. Entretanto, quando a identidade sexual de Brandon vem a público, a revelação ativa uma onda crescente de violência, abuso e descontrole na cidade, que acabam da pior maneira possível.

Terra Fria (2005)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “North Country”
Direção: Niki Caro

Charlize Theron vive Josey Aimes, a mulher que levou aos tribunais o primeiro caso de abuso sexual da história dos Estados Unidos, em 1984, enquanto trabalhava em minas de carvão. Após um casamento fracassado, Josey Aimes (Charlize Theron) retorna à sua cidade natal, no Minnesota, em busca de emprego. Mãe solteira e com dois filhos para sustentar, ela é contratada pela principal fonte de empregos da região: as minas de ferro, que sustentam a cidade há gerações. O trabalho é duro, mas o salário é bom, o que compensa o esforço. Aos poucos as amizades conquistadas no trabalho passam a fazer parte do dia-a-dia de Josey, aproximando famílias e vizinhos. Incentivada por Glory (Frances McDormand), uma das poucas mulheres da cidade que trabalha nas minas, Josey passa a trabalhar no grupo daqueles que penam para arrancar o minério das pedreiras. Ela está preparada para o trabalho duro e, às vezes, perigoso, mas o que não esperava era sofrer com o assédio dos seus colegas de trabalho. Como ao reclamar do tratamento recebido é ignorada, ela decide levar à justiça o caso.

Olga (2004)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Olga”
Direção: Jayme Monjardim

Olga Benário (Camila Morgado) é uma militante comunista desde jovem, que é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. Lá ela é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de 7 meses, é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha, Anita Leocádia, na prisão. Afastada da filha, Olga é então enviada para o campo de concentração de Ravensbrück.

Zuzu Angel (2006)

A Força Feminina no Cinema – Parte 2

Título original: “Zuzu Angel”
Direção: Sergio Rezende

Este longa nacional conta a história verdadeira e trágica de Zuleika Angel Jones, conhecida como Zuzu Angel, estilista e mãe do militante Stuart Angel Jones e da jornalista Hildegard Angel. Stuart – um estudante de economia – passou a integrar a militância contra a Ditadura Militar nos anos 60. Zuzu era até então uma mulher de classe média que não se envolvia em política, até que começa uma busca incessante pelo filho que desapareceu. Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incômoda para a ditadura, chegando ao ponto dela escrever que não descarta de forma nenhuma a chance de ser morta em um “acidente” ou “assalto”. O final de sua história soa como uma premonição.


Comente aqui quais filmes pretende assistir, quais já assistiu, e quais gostaria de ver na lista.

E não se esqueça de valorizar as mulheres que te rodeiam!

 Atualização!

A Força Feminina no Cinema – Parte 3

Escrito por Juliane Rodrigues (Exuliane)

Serial killer não praticante, produtora audiovisual de formação e redatora por vocação. Falo sério mas tô brincando no twitter @exuliane

manda nudes: [email protected]

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